O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o doleiro Dario Messer a não ir à sessão da CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados, para a qual foi convocado. Na semana passada, a CPI, que investiga possíveis irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, aprovou a convocação. Messer foi preso no fim de julho na Operação Lava Jato após passar mais de um ano foragido.
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Considerado o " doleiro dos doleiros", ele foi preso no fim de julho em São Paulo. Messer estava foragido desde maio de 2018, quando o juiz Marcelo Bretas decretou sua prisão, na Operação "Câmbio, Desligo", que mirou uma rede de doleiros.
O requerimento foi apresentado pelo presidente da CPI , deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP). Na justificativa do pedido, Macris afirmou que, de acordo com o Ministério Público, Messer “criou uma complexa rede de lavagem de dinheiro para a prática de crimes como corrupção, sonegação tributária e evasão de divisas, o que nos leva a crer em provável ligação com a investigação desta Comissão Parlamentar de Inquérito”.
O relator da comissão, Altineu Cortês (PL-RJ), afirmou que já havia tentado convocar o doleiro em uma CPI destinada a investigar a Petrobras, mas lamentou que na época o requerimento não foi aprovado.
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"Na antiga CPI da Petrobras, eu fui o autor do requerimento para convocar o Dario Messer. Infelizmente o requerimento não foi para frente. Então acho que essa é uma oportunidade, depois de tudo que aconteceu no Brasil, de ouvir o Dario Messer, já que ele está por trás de uma quantidade de operações incríveis de lavagem de dinheiro desses grandes grupos que participaram dessas operações fraudulentas", afirmou Côrtes na semana passada.