Alcolumbre evita dizer se indicação de Eduardo passará à frente de outras

Senador diz que vai tomar decisão de acordo com critério de ‘importância'. Há no momento nove indicações pendentes de votação para embaixadas

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), após sessão solene no plenário
Foto: Marcos Brandão/Senado Federal - 12.8.19
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), após sessão solene no plenário

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse nesta segunda-feira (12) que a tramitação da indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para assumir a embaixada do Brasil
nos Estados Unidos seguirá o critério de "importância" dado por ele.

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Alcolumbre , entretanto, não quis dizer se o caso do filho do presidente passará à frente na fila de outras indicações. No momento, o Senado tem nove indicações pendentes de votação para embaixadas ou órgãos internacionais e 13 indicações cujas mensagens ainda não foram lidas — ou seja, cuja tramitação não começou.

"A ordem (será a) que o presidente determina. Eu que estou determinando pessoalmente a leitura das mensagens", disse o senador. "Eu estou fazendo a leitura conforme eu
compreendo a importância das mensagens. O critério é presidencial. Regime presidencialista", acrescentou.

O presidente do Senado acrescentou que a data da votação da indicação será "naturalmente" acertada com o presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelsinho Trad (PSD-MS).

"Eu não sei como nós vamos fazer, quais outras mensagens que vão ser encaminhadas. Eu sei que tem várias mensagens. E, dentro do possível, eu estou lendo várias mensagens de
autoridades, e votação de autoridades, embaixadores ou membros dos conselhos. Conforme eu sinto a pulsação do plenário e volume de senadores presentes eu coloco em votação. E é
isso que eu tenho adotado. Tendo quórum, eu tento fazer uma mesclagem na pauta. Eu tento votar projetos importantes e tento colocar autoridades para fazer a leitura e votação
dessas autoridades", disse o presidente do Senado.

Eleição na Argentina

Após sessão solene em homenagem ao general Villas Bôas , ex-comandante do Exército, Alcolumbre evitou se posicionar sobre a fala do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL),
em relação à eleição na Argentina.

Em evento em Pelotas, Rio Grande do Sul, Bolsonaro se manifestou sobre a derrota do presidente Mauricio Macri nas primárias realizadas no domingo. Ele disse que n ão quer "irmãos argentinos fugindo para cá" caso o que ele chama de "esquerdalha" vença no pleito  de outubro. Alberto Fernández, que tem a ex-presidente e senadora Cristina Kirchner como vice,
teve 47,66% dos votos, enquanto Macri obteve 32,08%.

"Eu não tenho como ver uma declaração do presidente da República, como avaliar uma ponderação feita por ele. Eu sou presidente do Senado. Estava participando de uma sessão
solene em homenagem a um grande brasileiro, general Villas Bôas, não acompanhei essas declarações, mas acho que cada um tem autoridade de pensar o que for conveniente a um
determinado tema ou a um determinado país ou a determinada eleição. Eu penso no Brasil, estou cuidando do Brasil", afirmou.

Questionado se o caso seria uma intromissão nas eleições de um país vizinho, Alcolumbre negou. "Não (é uma forma de interferir na eleição de outro país). É uma manifestação",
opinou.