Parte de dinheiro de campanha de Tabata Amaral foi para namorado, diz revista

Site do Superior Tribunal Eleitoral registrou contratação de Daniel Martínez para "análises estratégicas" durante menos de dois meses

Foto: Claudio Reis / FramePhoto / Agência O Globo - 2.7.19
Deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP)

Em meio a tensões partidárias após votar a favor da reforma da previdência, a deputada federal Tabata Amaral (PDT) teve o nome ligado a mais uma polêmica. Segundo a revista Veja , com base em análises do Tribunal Superior Eleitoral, ela usou dinheiro do fundo eleitoral para contratar o namorado, o colombiano Daniel Alejandro Martínez, para trabalhar em sua campanha.

A revista afirmou, ainda, que Daniel recebeu milhares de reais para trabalhar com “análises estratégicas” da campanha de Tabata . Entre o dinheiro recebido, R$ 17 mil vinham da conta de doações da campanha e R$ 3 mil do fundo partidário. Ele deveria cumprir carga horária das 9h às 18h em um espaço de coworking localizado na Zona Sul de São Paulo, a 15 quilômetros de distância do comitê da deputada. 

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Como consta no site do Superior Tribunal Eleitoral, o contrato de Martínez era de quase dois meses, seguindo do dia 17 de agosto ao dia 6 de outubro de 2018. A princípio, ele receberia R$ 17,1 mil, mas no mês de setembro um aditivo foi feito no contrato, aumentando esse valor.

A contratação de parentes ou cônjuges durante a campanha eleitoral é permitida e só passa a ser proibida quando o parlamentar assume o cargo. A deputada e o namorado não comentaram o assunto. Por meio de nota enviada à Veja, o gabinete de Amaral afirmou que a campanha cumpriu todas as leis e que "as informações públicas estão no portal do TSE”.