Jair Bolsonaro (PSL) comentou novamente, neste domingo (21), a escolha do nome para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR) e indicou que não está obrigado a seguir a lista tríplice da instituição, composta pelos votos dos procuradores. O presidente afirmou ainda que "todos estão no radar".
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"Eu vou seguir a Constituição. Quando você pega para reitores, tem uma lista tríplice (obrigatória). Para a PGR não existe essa possibilidade, (então) dá uma flexibilidade pra gente. A gente procura sempre atender (a lista), obviamente, mas...", afirmou Bolsonaro
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No sábado, Bolsonaro havia dito ainda que fará a escolha um mês antes do fim do mandato da atual procuradora-geral Raquel Dodge . Esta é a corrida para PGR mais acirrada da instituição. Estão na disputa pelo cargo os três nomes mais votados na lista tríplice formada por uma votação interna da categoria.
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Na ordem de votos, são eles: o subprocurador Mário Bonsaglia, a subprocuradora Luiza Frischeisen e o procurador regional Blal Dalloul -- e também dois outros nomes que correm por fora da lista: a atual PGR Raquel Dodge, que busca um segundo mandato, e o subprocurador Augusto Aras.
Cabe ao presidente da República indicar o PGR , com base em critérios exigidos constitucionalmente, como ser membro da carreira e ter mais de trinta e cinco anos. A lista tríplice, porém, vem sendo respeitada pelos presidentes da República desde 2003 na escolha de um nome, como forma de prestigiar a vontade da categoria.
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Bolsonaro até agora não se comprometeu de que irá respeitar a lista e tem dado declarações vagas sobre a escolha.