O ministro Luiz Eduardo Ramos , da Secretaria de Governo ( Segov), afirmou nesta sexta-feira (12), em café com jornalistas, que o presidente poderia ter esperado ao menos uma semana para anunciar a possível indicação do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a Embaixada nos Estados Unidos.
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Ele admitiu que a notícia em meio à votação dos destaques da reforma da Previdência na Câmara foi utilizada politicamente, mas observou que Bolsonaro tem "momentos" ao fazer pronunciamentos. " Se podia anunciar semana que vem, no recesso? Talvez. Vários deputados citaram essa nomeação, podia ter evitado", disse o ministro.
Ramos justificou que, neste momento, o presidente manifestou a intenção de indicar o filho e citou como exemplos de outras declarações que não se concretizaram a ideia de transferir a Embaixada de Israel para Jerusalém.
"Meu amigo Bolsonaro tem esses momentos. Vou citar a famosa 'vou levar embaixada pra Jerusalém'. Eu pergunto: hoje está onde? Em Tel Aviv. Ele manifestou uma intenção", observou.
O ministro -chefe da Segov saiu em defesa de Eduardo, a quem chamou de "um jovem preparado". Disse que a nomeação dele "não contraria a lei" e citou que outros políticos já foram indicados para o cargo, como o vice-presidente Itamar Franco (1930 - 2011), nomeado embaixador em Portugal, pelo ex-presidente Fernando Henrique.
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Outro caso lembrado foi o do ex-deputado Tilden Santiago, embaixador em Cuba entre 2003 e 2006, no governo Luiz Inácio da Lula da Silva. "Não contraria Lei. Já houve no passado indicação de políticos. O Eduardo é político", disse.
Para justificar o fato de Eduardo ser filho de Bolsonaro, Ramos recorreu ao presidente americano John Kennedy, que teve o irmão Robert Kennedy como procurador-geral.
"Braço direito de John Kennedy era seu irmão", pontuou.
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Ramos disse que ainda não conversou com o presidente sobre a possível nomeação de Eduardo Bolsonaro . "É um direito do presidente de se manifestar intenção de ter o filho embaixador, vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos, ainda não conversei com presidente. Aprendi a não entrar na área dos outros, essa área quem tem que estar envolvido é o Itamaraty."