Maia não vê exagero em aumento de R$ 2 bilhões no fundo eleitoral
Além disso, presidente da Câmara defendeu o retorno da doação de empresas em 2020; A previsão é que o valor do fundo chegue a R$ 3,7 bilhões
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira (10) que “não é exagero” o aumento de até R$ 2 bilhões do fundo eleitoral para financiar as campanhas municipais de de 2020. A previsão do deputado Cacá Leão (PP-BA), na Lei de de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é que o valor do fundo eleitoral possa chegar até R$ 3,7 bilhões.
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"Não acho que é um exagero. Acho que uma eleição municipal, com cinco mil municípios, com milhares de candidatos a vereador, é uma campanha que vai requerer um custo um pouco maior que uma eleição do regime geral", disse Maia aos jornalistas.
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O DEM, partido do presidente da Câmara dos Deputados, segundo projeção, pode receber pelo menos R$ 205 milhões do fundo, caso o valor de R$ 3,7 bilhões seja aprovado pelo Congresso. Já o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pode receber 40 vezes mais do fundo eleitoral para a eleição municipal de 2020 na comparação com 2018.
Em entrevista, o presidente da Câmara acrescentou ainda que é a favor do retorno da doação de empresas para campanha, mas com algumas limitações. "Eu preferia que o financiamento privado (de empresas) pudesse voltar. Mas o problema é que o Senado ainda não votou a emenda constitucional que nós votamos em 2015", iniciou ele.
"O ideal é o financiamento privado, limitado, sem poder concentrar uma empresa em um candidato apenas, com algumas limitações, para que a relação entre o deputado e o financiador não seja uma relação de dependência", avaliou.
Segundo projeção, o PSL deve ficar com R$ 366,2 milhões. No ano passado, quando tinha uma pequena bancada no Congresso eleita em 2014, o partido recebeu apenas R$ 9,2 milhões.
O PT, que em 2018 recebeu R$ 212 milhões, ficando atrás apenas do MDB, pode ter um salto grande, e sua fatia deve ser ligeiramente maior que a do PSL: R$ 366,7 milhões.
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Maia falou sobre o assunto após almoço e seguiu para o plenário, onde a reforma da Previdência é analisada. Nesta quarta (10), a sessão da Comissão Mista de Orçamento que poderia votar a LDO foi cancelada.