Escudada por Bolsonaro, classe da segurança pública pode ser excluída da reforma

Presidente tem atuado para que policiais tenham normas mais brandas na aposentadoria; Se sair da PEC, classe deve compor uma lei complementar

Jair Bolsonaro disse, na tarde desta terça-feira (09), que o governo negocia retirar agentes de segurança do texto principal da reforma da Previdência. As regras seriam editadas em um projeto de lei complementar, após a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Desde a semana passada, o presidente tem atuado para que policiais tenham normas mais brandas para a aposentadoria.

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Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Bolsonaro

"O que eu tenho falado é a questão do privilégio. Todo mundo está colaborando de uma forma ou de outra com essa questão da Previdência, agora privilégio essa classe nunca teve. Então, acho que o ajuste passa por ai. Pelo que tudo indica, que chegou ao meu conhecimento é que essas classes – da segurança publica – deverão sair da PEC e deverão compor uma lei complementar tão logo seja promulgada essa PEC", disse Bolsonaro .

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A declaração foi dada após o presidente participar do lançamento do Programa Nacional do Voluntariado, o "Pátria Voluntária", que terá a primeira-dama Michelle Bolsonaro como presidente do conselho.  A solenidade teve a participação dos ministros Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, ambos responsáveis pela articulação com o Congresso, além de Paulo Guedes, da Economia. O evento durou uma hora.

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A expectativa é que a votação em primeiro turno da reforma seja concluída até quarta (10). O governo precisa de 308 votos para aprovar as novas regras para aposentadoria. O presidente da república voltou a falar que é possível reparar "injustiças" no texto da Emenda no plenário.

"Nunca é tarde para desfazer possíveis injustiças, né? Uma ou outra categoria se sente prejudicada ", disse o presidente, que foi chamado de 'traidor' por policiais: "É justo o reclame deles. E o que mais se fala é em possíveis transições", afirmou.

Na última sexta (05), o presidente disse à imprensa que "com a sensibilidade que existe no parlamento isso aí vai ser corrigido." Naquela madrugada, após 17 horas de votação,  a comissão especial concluiu a análise da reforma da Previdência . Dos 17 destaques, 13 foram derrubados, dois retirados e dois aprovados. 

Apesar de o presidente ter saído em defesa de regras mais brandas para a aposentadoria de policiais federais e rodoviários, elas foram rejeitadas pela comissão. Em seguida, ele reforçou que confia no presidente da Câmara, Rodrigo Maia , e na aprovação do texto até sábado (13).

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"Eu sei que o Rodrigo Maia quer o melhor para o Brasil, por isso está empenhado na aprovação dessa nova Previdência. Acreditamos que ela seja aprovada até sábado", finalizou Bolsonaro .