Cocaína em avião da FAB tem gravidade extrema, diz procurador da Justiça Militar
Procurador-geral de Justiça Militar, Jaime Miranda, determinou que o Ministério Público Militar acompanhe a investigação por seriedade do caso
Por iG Último Segundo |
03/07/2019 08:15:34O procurador-geral de Justiça Militar , Jaime de Cassio Miranda, disse ao jornal O Globo que “não há dúvida da gravidade extrema” do caso envolvendo o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, preso na Espanha com 39 quilos de cocaína , traficados dentro de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) durante uma missão presidencial. Por esse motivo, o procurador-geral decidiu colocar o Ministério Público Militar (MPM) para acompanhar as investigações da FAB já nos primeiros passos do inquérito policial-militar instaurado na semana passada.
Leia também: Foto mostra mala de militar brasileiro preso com 39 kg de cocaína na Espanha
Como o caso é tratado como crime militar, a investigação é feita pela FAB , sem a participação da Polícia Federal (PF), e na esfera da Justiça Militar . "Estava preocupado com a qualidade da investigação. Não há dúvida da gravidade extrema do caso", afirmou.
Rodrigues foi preso em Sevilha, capital da Andaluzia, no sul da Espanha, na semana passada. O procurador-geral fez contato com o comando da Aeronáutica e, na última sexta-feira, decidiu designar uma integrante do MPM para acompanhar as investigações.
Segundo Miranda, a atuação da instituição ocorrerá por meio da promotora designada, Angela Taveira, sem a participação do próprio procurador-geral. Isto porque, segundo ele, o procurador-geral entra numa investigação apenas se detectado envolvimento de generais.
Leia também: FAB faz buscas em imóveis de militar preso com 39 kg de cocaína
A FAB cumpriu mandados de busca e apreensão no imóvel funcional onde morou o segundo-sargento, em Brasília, e também no endereço mais recente do militar, em Taguatinga (DF). As buscas, ocorridas na segunda-feira, incluíram um cão farejador e foram acompanhadas pela promotora do MPM. Estas são as primeiras diligências desde a instauração do inquérito. As informações sobre os mandados de busca e apreensão foram detalhadas pelo MPM. O prazo para a conclusão do inquérito é de 40 dias, prorrogável por mais 20 dias.