"Parece a Escolinha do Professor Raimundo", diz presidente de sessão com Moro
Irritado com o comportamento dos colegas, deputado Felipe Francischini (PSL-PR) ameaçou duas vezes encerrar a sabatina com o ministro da Justiça
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) da Câmara dos Deputados, Felipe Francischini (PSL-PR), ameaçou duas vezes encerrar a sabatina na qual o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro , é ouvido nesta terça-feira (2).
Francischini ficou irritado com o comportamento dos colegas, que iniciaram um bate-boca antes de Moro começar a responder as perguntas dos primeiros seis parlamentares que expuseram suas perguntas. O tema da sessão é a suposta troca de mensagens entre o ex-juiz e o procurador Deltan Dallagnol,coordenador da Operação Lava Jato .
"Pelo amor de Deus! Parece a 'Escolinha do Professor Raimundo' isto aqui", disse Francischini, aumentando o tom de voz e fazendo referência ao programa humorístico que fez sucesso sob o comando de Chico Anysio.
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Assista abaixo em publicação feita pela líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP):
Presidente @FFrancischini_ tenta conter a turma que quer transformar a CCJ num 🎪 circo para exibir na rede: aqui não é a “Escolinha do Professor Raimundo “ pic.twitter.com/HQbIC1TU5Z
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) July 2, 2019
A fala do presidente da sessão aconteceu pouco após o líder do PSL na Câmara , o deputado Delegado Waldir, reclamar das primeiras perguntas dos parlamentares. Dos seis que abriram a sabatina, cinco eram da oposição. O deputado reclamou que havia outros temas sendo mencionados, para além das mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil .
Francischini esclareceu que Moro está presente na sabatina como convidado, uma vez que não houve convocação assinada pelas comissões (há quatro delas integrando a sessão). Nesse caso, de acordo com o presidente da CCJ, é aceitável que a sessão não se restrinja a um único ponto.
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A partir da explicação de Francischini, deputados começaram a falar em voz alta e, então, ele reclamou no microfone até que houvesse silêncio para que Moro passasse a responder às questões.