"Não acredito em mais nada", afirma Flordelis sobre inocência dos filhos
Em entrevista ao Fantástico, a parlamentar disse não lembrar de ter recebido celular do marido e afirmou: "Se proteger meus filhos, não estou sendo mãe"
A pastora e deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) disse neste domingo (30), em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, confiar em todas as pessoas que estavam morando com ela em sua casa, em Niterói, mesmo local onde seu marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza, foi morto a tiros no dia 16 do mês passado. Dois filhos da pastora — Flávio dos Santos Rodrigues, que vive com a mãe, e Lucas Cézar dos Santos de Souza, que não mora mais na casa da família —, estão presos por suspeita de participação no crime.
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A entrevista foi feita na própria residência de Flordelis , no bairro de Pendotiba. Questionada se acreditava na inocência dos filhos, a deputada respondeu “que não acreditava em nada”. A pastora chamou Flávio, seu filho biológico, de “menino” e disse que ele havia voltado a morar com ela após uma briga com a esposa. “(Ele) voltou pra casa, me obedecia, me respeitava. Esse tempo todo, eles (Anderson e Flávio) estavam muito bem”, afirmou.
Já Lucas , filho adotivo de Flordelis e Anderson , foi descrito por ela como um rapaz fechado. A pastora afirmou que havia um atrito na relação entre pai e filho. “A única coisa que o meu marido tinha era com o Lucas. Mas era uma coisa de pai, ele não aceitava o filho ter saído de casa”, explicou. “O Lucas era um menino muito fechado, muito revoltado. Acredito que pela infância que teve. O pai dele era bandido, ele foi criado por esse pai, e a mãe morreu de câncer.”
O celular de Anderson, peça crucial na investigação, até hoje não foi encontrado nem entregue por familiares à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Questionada se o aparelho foi dado a ela, Flordelis disse não se lembrar, pois estava sob o efeito de medicamentos: “Não me entregaram e, se me entregaram, não me lembro.”
No dia do crime, 35 filhos do casal estavam em casa. Mais de 30 já prestaram depoimento. “Eu amo muitos meus filhos, amo ser mãe. Mas se proteger meus filhos, não estou sendo mãe. Não estou ajudando meus filhos a serem pessoas melhores na vida”.
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