A Comissão de Anistia adiou a análise do pedido de indenização da ex-presidente Dilma Rousseff, que foi presa e torturada durante a ditadura militar. O requerimento estava pautado para ser votado nesta quarta-feira (26), mas a relatora do processo Any Avila Assunção pediu vista.
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A advogada de Dilma Rousseff , Paula Sapir Febrot, reclamou do adiamento. Segundo o jornal Valor Econômico , ela argumentou que a falta de antecedência com que o caso foi tirado de pauta causaria mais ansiedade à requerente.
Ainda de acordo com o Valor , a relatora justificou que precisaria de mais tempo para analisar o pedido devido à “complexidade” do caso. A ex-presidente protocolou o requerimento de indenização em outubro de 2002, mas o processo foi suspenso enquanto ela ocupou os cargos de ministra e presidente. Após o impeachment, o pedido voltou a correr.
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Dilma pede uma indenização de cerca de R$ 11 mil mensais. Os 27 membros da Comissão de Anistia analisam os pedidos, mas seu parecer é apenas consultivo.
A decisão final sobre o pedido de Dilma Rousseff cabe à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. Ela se posiciona com desconfiança em relação às indenizações dadas às vítimas da ditadura. Damares já declarou que pretende rever reparações concedidas nos últimos anos e “abrir as caixinhas da comissão”.