Militar da comitiva de Bolsonaro é preso com cocaína em avião da FAB na Espanha

Sargento, segundo O Estado de S. Paulo, viajava na comitiva oficial do presidente, cujo destino final é Osaka, no Japão; ele levava 39 kg da droga

Militar que foi preso com 39 kg de cocaína em bagagem estava na comitiva oficial de Bolsonaro ao G-20
Foto: Alan Santos/PR
Militar que foi preso com 39 kg de cocaína em bagagem estava na comitiva oficial de Bolsonaro ao G-20

Um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) foi detido nesta terça-feira (25), por porte de drogas em sua bagagem no aeroporo de Sevilha, na Espanha. Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, o militar viajava na comitiva oficial do presidente Jair Bolsonaro, que tem como destino final Osaka, no Japão – onde acontece o G20, no final desta semana. 

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Bolsonaro publicou nota em sua conta oficial no Twitter confirmando a prisão do militar brasileiro, suspeito de transportar 39 kg de cocaína em sua bagagem. O nome do militar, que pertence à Aeronáutica, não foi informado. Porém, segundo informações do próprio Comando da Aeronáutica, ele estava em uma aeronave da FAB.

"Determinei ao ministro da Defesa imediata colaboração com a polícia espanhola na pronta investigação dos fatos, cooperando em todas as fases da investigação, bem como instauração de inquérito policial militar", escreveu Bolsonaro

"As Forças Armadas têm em seu contingente cerca de 300 mil homens e mulheres formados nos mais íntegros princípios da ética e da moralidade. Caso seja comprovado o envolvimento do militar nesse crime, o mesmo será julgado e condenado na forma da lei", acrescentou o presidente , que é ex-capitão do Exército.

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Ainda segundo o jornal O Estado de S.Paulo , a detenção levou o governo brasileiro a mudar a escala da viagem, de Sevilha para Lisboa. O sargento que foi detido havia embarcado em Brasília, no avião da reserva da Presidência , o Embraer 190, do Grupo de Transportes Especiais da FAB, que transportava três tripulações de militares para a missão do G-20 .

De acordo com a publicação, a primeira equipe, que inclui piloto e copiloto, assumiu o voo de Bolsonaro e sua equipe em Lisboa, no Airbus 319, para cumprir o segundo trecho da viagem até Osaka. O militar que foi preso não trabalha na presidência, mas na FAB e não integrava esse primeiro grupo. Ele pertencia, segundo o jornal, à segunda equipe de tripulação, que presta serviço no avião reserva.

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Ainda ontem, o Ministério da Defesa também emitiu nota informando o episódio da apreensão de cocaína e destacando que os fatos seguem sendo apurados. A pasta também disse que um inquérito sobre o caso já foi instaurado e que repudia "atos dessa natureza".