O presidente Jair Bolsonaro confirmou na manhã desta sexta-feira a saída do ministro Floriano Peixoto da da Secretaria-Geral da Presidência. Ele deixa o cargo para assumir o comando dos Correios. Também foi anunciado que o atual subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil,Jorge Antonio de Oliveira Francisco, será o substituto.
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Floriano Peixoto é o quarto ministro de Bolsonaro a deixar o cargo — e o segundo da pasta. Ele substituia Gustavo Bebianno, primeiro ministro a cair na atual gestão, ainda em fevereiro.
"Anuncio o advogado e Major PMDF Jorge Antonio de Oliveira Francisco para o cargo de Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Outrossim, informo que o General Floriano Peixoto assumirá a Presidência dos Correios", informou Bolsonaro, em nota enviada por sua assessoria.
No pronunciamento, iniciado às 10h10, Bolsonaro chamou Floriano Peixoto e Jorge para ficaram de pé ao seu lado. O presidente disse que deu "uma missão" ao agora ex-ministro, evocando o linguajar militar.Jorge, por sua vez, foi apresentado como alguém próximo a ele há 15 anos. Bolsonaro afirmou que a troca foi motivada pela saída do general Juarez.
"Não há previsão de mudar mais ninguém", declarou Bolsonaro, na entrevista coletiva.
Jorge Oliveira informou que, "no primeiro momento", vai acumular o comando da Secretaria-Geral com a subchefia de assuntos jurídicos.
Bolsonaro havia anunciado a demissão do presidente dos Correios , o também general Juarez Aparecido de Paula Cunha, ao fim de café da manhã com jornalistas que cobrem o Planalto na última sexta-feira.
Segundo o presidente, a exoneração foi motivada pela recente à ida de Juarez à Câmara dos Deputados, a convite de partidos da oposição. Bolsonaro disse que o general se comportou "como um sindicalista" na ocasião e posou para fotos com deputados do PT e do PSOL.
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Esta semana, o governo editou uma Medida Provisória (MP) que transferiu a Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil, comandada pelo ministro Onyx Lorenzoni, para Secretaria-Geral, fortalecendo a pasta. Ao órgão, hoje chefiado por Jorge Oliveira, um dos mais próximos auxiliares de Bolsonaro
, compete verificar previamente a constitucionalidade e legalidade dos atos presidenciais.