
O ímpeto aventureiro do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem exigido da equipe responsável por sua segurança uma capacidade extra de lidar com imprevistos. Além da rotina de avaliar riscos externos e tomar medidas de proteção à vida do chefe do Executivo, o grupo tem se preparado para mudar os planos na velocidade das venetas do presidente .
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Nas últimas semanas, ele decidiu ir a pé à Câmara de Deputados, dar uma voltinha de moto, parar na beira da estrada para almoçar com caminhoneiros e pilotar um jet ski. Nos corredores do Palácio do Planalto, Bolsonaro , para a angústia da segurança, tem confessado outra vontade: saltar de paraquedas , como nos seus tempos de Exército — ele integrou a brigada paraquedista.
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Assessores tentam demovê-lo da ideia, mas se preparam para que, mais cedo ou mais tarde, isso possa acontecer. Reservadamente, até os mais discretos admitem: a impulsividade do presidente dá trabalho.
Em viagem a Aragarças (GO), na última quarta-feira (5), sem combinar previamente com a sua segurança, o presidente determinou que o carro desse uma parada para que ele pudesse repetir uma cena vista diversas vezes durante a campanha eleitoral, antes de ele levar uma facada em Juiz de Fora (MG), em setembro: saiu do veículo e se apoiou no capô para acenar aos moradores.

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Mais tarde, na mesma viagem, Bolsonaro pilotou um jet ski no Rio Araguaia. Sem trajes adequados, ministros e seguranças se viram compelidos a entrar na água vestidos. Fontes do Palácio garantem que nada disso estava no script.