Ausência de FHC e despedida de Alckmin marcam troca de comando do PSDB

Partido vai escolher Bruno Araújo, aliado do governador paulista João Doria como presidente; convenção deve se aproximar de pautas de centro-direita

João Doria e o novo presidente do PSDB, Bruno Araújo
Foto: Reprodução/PMSP
João Doria e o novo presidente do PSDB, Bruno Araújo

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não vai à convenção nacional do PSDB, que elege Bruno Araújo como novo presidente do partido nesta sexta-feira (31) em Brasília. Embora tenha comparecido e discursado na escolha dos últimos três presidentes tucanos, FHC alegou ter compromissos pessoais já agendados e deve enviar apenas um vídeo. 

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Araújo chega ao poder do partido por influência do governador de São Paulo, João Doria, que tenta viabilizar seu projeto de ser candidato à Presidência da República em 2022. Como a ascensão de Doria não é um consenso, seus aliados temem saias-justas durante a reunião, como o discurso de despedida que fará o atual presidente da sigla, Geraldo Alckmin.

A troca no comando tucano deve aproximar o PSDB do campo da centro-direita. Em uma roupagem mais liberal, o partido fará defesa enfática do estado mínimo, de privatizações e de uma postura mais repressiva do que preventiva na Segurança Pública.