Bolsonaro pede apoio a Alcolumbre para aprovação da reforma administrativa

Bolsonaro recebeu os presidentes da Câmara, do Senado e do STF no Planalto nesta terça-feira (28) e entregou carta a Davi Alcolumbre

Bolsonaro se reuniu com presidentes da Câmara e do Senado nesta terça-feira (28)
Foto: Marcos Corrêa / PR
Bolsonaro se reuniu com presidentes da Câmara e do Senado nesta terça-feira (28)


O presidente Jair Bolsonaro aproveitou o encontro com Davi Alcolumbre nesta terça-feira (28) para entregar uma carta pedindo apoio na aprovação da reforma administrativa proposta pelo Planalto. A Medida Provisória criou os dois superministérios: Economia e Justiça e diminuiu o número de pastas de 29 para 22. A votação no plenário do Senado acontece nesta terça.

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Segundo a Globo News , Bolsonaro conversou com o presidente do Senado com o objetivo de que os senadores sigam a aprovação da Câmara Na semana passada, os deputados decidiram autorizar a reforma administrativa, mas tranferiu o Coaf (Conselho de Atividades Financeiras) do Ministério da Justiça e Segurança Pública para o Ministério da Economia, tirando o órgão das mãos de Sérgio Moro.

A MP 870/2019 está nos últimos dias do seu prazo de validade: se não for aprovada até o dia 3 de junho, a configuração do Poder Executivo voltará a ser o que era no ano passado.

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O senador Major Olimpio (SP), líder do PSL — partido do presidente Jair Bolsonaro — já adiantou que vai tentar retomar a intenção original da MP, apresentando um destaque durante a votação em Plenário. Para ele, o Coaf terá mais condições de combater a corrupção e o crime organizado se estiver articulado dentro do Ministério da Justiça. O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), também é a favor dessa medida. Ele é o relator da MP 870 e havia confirmado a transferência do Coaf em seu parecer, mas acabou derrotado na comissão.

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre , pondera que insistir nessa batalha pode fazer com que a MP perca a sua validade. Caso o Senado reverta a situação do Coaf, a MP precisará voltar para a Câmara, para revisão. Como esta é a última semana antes do prazo final (que caiu em uma segunda-feira), existe o risco de não haver sessões suficientes para finalizar a deliberação.

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Bolsonaro confia que os senadores, ao menos, agilizem a votação para que novos ministérios não precisem ser criados.