Joice atribui retirada do Coaf das mãos de Moro a "manobras" e "troca-troca"
Líder do governo no Congresso lamenta migração do Conselho de Controle de Atividades Financeiras para o Ministério da Economia: "Votei com Moro"
Por iG Último Segundo |
A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP) foi às redes sociais para lamentar a migração do Congresso lamenta migração do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública para o Ministério da Economia. A deputada atribuiu a mudança do órgão a "manobras" e "troca-troca" de membros da comissão mista.
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"Por 3 votos, a Comissão Mista da 870 decidiu retirar o Coaf do Ministério da Justiça, ou seja, das mãos de Sergio Moro. Foi por diferença de 3 votos. Eu votei com Moro. Trabalhamos duro, mas na hora H alguns manobraram, fizeram troca-troca na comissão. Enfim, eu lamento", escreveu Joice .
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Por 3 votos, a Comissão Mista da 870 decidiu RETIRAR o COAF do Ministério da Justiça, ou seja, das mãos de @SF_Moro . Foi por diferença de 3 votos. Eu votei com Moro. Trabalhamos duro, mas na hora H alguns manobraram, fizeram troca-troca na comissão. Enfim, eu lamento.
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) 9 de maio de 2019
A comissão especial para analisar a Medida Provisória montada pelo governo de Jair Bolsonaro no início do ano aprovou, na manhã desta quinta-feira, a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia. Dos 25 parlamentares que votaram, 14 apoiaram a medida.
A demanda uniu partidos do centrão e da oposição na última semana, e ainda deve passar pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado antes de entrar em vigor. A princípio, o líder do governo no Senado e relator da MP, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), estava aberto a negociações, mas foi orientado pelo governo a não tirar o Coaf do ministro Sergio Moro .
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Moro vinha defendendo a permanência do Coaf em suas mãos. Segundo ele, era importante aproximar o órgão de inteligência financeira da Polícia Federal, do Ministério Público e das polícias estaduais. No entanto, o ministro não conseguiu manter o controle do órgão.