Bolsonaro chama prefeito de Nova York de "radical" e fala sobre ida ao Texas
"Se eu não posso ser bem recebido em Nova York, seremos no Texas", afirma presidente, que diz ter acertado a visita com o ex-presidente George W. Bush
Por iG Último Segundo | , com Agência O Globo |
Em uma breve fala a deputados federais que compareceram a um café da manhã no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que segundo ele se comportou "como um radical" ao se manifestar contra sua presença na cidade, em viagem prevista para a semana que vem e cancelada na última sexta-feira. Ele confirmou aos parlamentares que está se preparando para ir ao Estado do Texas.
Leia também: Em derrota de Moro, comissão do Congresso tira Coaf do Ministério da Justiça
"Eu não poderia comparecer numa cidade onde o chefe do Executivo, o prefeito, no caso, se comportava como um radical, promovendo e se preparando para fazer manifestações, as piores possíveis contra a minha presença", declarou Bolsonaro
.
Na quarta, Bolsonaro havia dito que de Blasio, do partido Democrata, "patrocinou" protestos e "insuflou" a população a atirar "o que tiver nas mãos" contra ele.
Você viu?
Como já havia aventado no dia anterior, o brasileiro afirmou que a ida a Dallas, no Texas, foi acertada pelo ex-presidente George W. Bush e pelo senador Ted Cruz, ambos do partido Republicano.
"Se eu não posso ser bem recebido em Nova York, seremos no Texas, como está tudo acertado pelo ex-presidente Bush, o Ted Cruz, entre outras autoridades", comentou Bolsonaro. "Nós vamos continuar esse trabalho, e há interesse de todos aqui, de aproximação com o mundo todo, em especial no tocante ao comércio", completou
Inicialmente, o presidente viajaria no próximo domingo para ser homenageado em Nova York como a "Personalidade do Ano" pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Ele participaria de outros eventos na cidade e em Miami.
Leia também: Joice promete encontro entre Olavo e Villas Bôas: "Passou da hora de pacificar"
Em seguida, Bolsonaro
passou a palavra ao ministro-chefe da Secretaria de Governo (Segov), Carlos Alberto dos Santos Cruz, que convocou o café da manhã. Também participaram do evento os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria Geral da Previdência, Floriano Barbosa. Segundo a Segov, o objetivo do encontro "é continuar promovendo a interlocução entre os Poderes Executivo e Legislativo".