Embora tenha dito que não quer se envolver em questões dos países vizinhos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (2) que pede a Deus para que a ex-presidente da Argentina Cristina Kircher (2007-2015) não vença as eleições em outubro. A volta dela ao poder, segundo ele, pode transformar o país em uma Venezuela. Bolsonaro pediu "paciência" diante do desempenho insatisfatório do presidente Maurício Macri, que poderá tentar a reeleição.
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Em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro citou que Cristina era ligada aos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, bem como afinada com Nicolás Maduro e Hugo Chavéz, da Venezuela, e Cuba.
"A questão da Argentina, ninguém vai se envolver em questões fora do país, mas eu como cidadão, todos como cidadãos temos a preocupação de que volte o governo anterior ao Macri . A presidente era ligada com Dilma, com Lula, com a Venezuela de Maduro e Chávez, com Cuba. Se isso voltar, a Argentina vai entrar em uma situação semelhante a da Venezuela", afirmou Bolsonaro.
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O presidente comparou a campanha eleitoral no país vizinho com a do Brasil no ano passado, da qual saiu vencedor com o discurso que a volta do PT ao governo transformaria o país em uma Venezuela. O presidente disse esperar que os "irmãos argentinos" se conscientizem do risco.
"Se o Macri não está indo bem, paciência até. (Ele) Vai lutar para melhorar ou alguém da linha dele. Agora o que não pode é voltar a Cristina Kirchner . No meu entender, serão reflexos para o povo argentino e para todos. Poderemos sim, com a possível volta da Cristina Kirchner, peço a Deus que não aconteça, nossa querida Argentina se transformar na Venezuela. Não queremos isso", disse Bolsonaro .