Influência de filhos no governo prejudica a aprovação de Bolsonaro, afirma Ibope
Análise das pesquisas revela que fenômeno raro ocorreu neste mandato: a "lua de mel" do novo presidente com o seu eleitorado durou muito pouco
Por iG São Paulo |
Depois de quase quatro meses completos do mandato do novo presidente da República, a diretora-executiva do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari, deu à imprensa uma breve análise sobre a aprovação da população a respeito do início da gestão de Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ela, aqueles grupos que demonstraram algum tipo de apoio ao presidente apenas depois das eleições já vêm mudando de ideia.
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Além disso, a participação dos filhos do presidente no governo é outro fator que tem prejudicado a imagem de Bolsonaro . Em reportagem publicada nesta segunda-feira (29) pelo jornal O Estado de S.Paulo , a insatisfação com o governo, em geral, tem aumentado. Enquanto a satisfação ficando estável, o que poderia indicar neste caso um piso para as avaliações do presidente.
“A insatisfação aumenta, mas a aprovação pode estar próxima de um piso. As próximas pesquisas vão mostrar o tamanho desse núcleo que mais aprova o governo”, diz ela. Com a queda da avaliação positiva e da aprovação ao modo de governar, caiu também a confiança na figura do presidente – 51% em abril, ante 62% em janeiro.
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A analista lembra que governos recém-empossados costumam despertar otimismo entre os eleitores, mesmo entre os que não votaram no vencedor. No entanto, no caso de Bolsonaro, um fenômeno raro ocorreu: a tal da “lua de mel” durou muito pouco. De acordo com os dados, o presidente "não conseguiu manter por muito tempo a janela de boa vontade, o que é verdade até entre aqueles que votaram no candidato do PSL no ano passado".
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Segundo a reportagem, o apoiador de Bolsonaro se incomoda com a participação dos filhos do presidente no governo. Além disso, vê "despreparo administrativo" no capitão reformado. Por fim, a analista mostra que onde o Bolsonaro mais perdeu apoio foi em capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes, nas quais mais de três a cada dez apoiadores pularam do barco no período. O presidente se sai melhor em municípios pequenos e do interior, com 37% de avaliação positiva em ambos os casos.