A comissão processante de impeachment da Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, nesta sexta-feira (26), a continuidade do processo contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB), acusado de irregularidades em contratos de publicidade em pontos de ônibus e relógios de rua, que teriam dado prejuízo superior a R$ 8 milhões.
Por 2 votos a 1, os vereadores decidiram que o processo contra Crivella deve prosseguir. Votaram pela continuidade do processo os vereadores Willian Coelho (MDB) e Luiz Carlos Ramos Filho (Podemos). Votou contra o vereador Paulo Messina (PROS), que deixou a Secretaria da Casa Civil do município e reassumiu sua vaga na Câmara de Vereadores para reforçar a base de apoio da prefeitura.
"Pode-se afirmar que a denúncia não é inepta, com apresentação concatenada e lógica de fatos, anexados documentos que tentam provar supostas irregularidades. São fatos que podem representar a violação de lei", afirmou Ramos Filho, relator do processo.
Agora a comissão dará sequência aos depoimentos e continua com as investigações sobre existência de interesse público na prorrogação do contrato de publicidade. Em 10 de maio, as testemunhas de acusação serão ouvidas e no dia 13 do mesmo mês será a vez das testemunhas de defesa falarem.
"Vão ser dois, três meses de investigação e de desgaste político quando nosso instrumento de investigação é uma CPI. Acho ruim", justificou Messina ao votar contra a abertura do processo.
Para ser aprovado o impeachment de Crivella , serão necessários dois terços dos votos da Câmara, o equivalente a 34 vereadores. Se isso acontecer, o prefeito é afastado do mandato. Se for rejeitado, o impeachment é arquivado.