Bolsonaro proíbe palavras do vocabulário LGBT em campanhas estatais, diz site

Termos como "lacrar" e "morri" serão proibidos em peças publicitárias e de divulgação do governo; determinação veio após propaganda ser censurada
Foto: Marcos Corrêa/PR
Presidente proibiu ontem uma campanha do Banco do Brasil que adotava um tom marcado pela diversidade

O presidente da República, Jair Bolsonaro, determinou que palavras como "lacrou", "morri" e outras ligadas ao universo LGBT passaram a ser proibidas de serem usadas em qualquer tipo de peça publicitária e de divulgação do governo. A nova orientação foi dada pelo Planalto em uma reunião no Banco do Brasil com inúmeras agências de publicidade.

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De acordo com a coluna Radar da revista Veja, essa determinação é uma espécie de “Dicionário da Censura” e vale para todas as estatais. O veto ao vocabulário LGBT foi dado logo depois que, de acordo com a coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo , o presidente vetou uma campanha do Banco do Brasil após não gostar do tom adotado, marcado pela diversidade.

A partir de agora, as agências de publicidade contratadas pelo governo federal também foram informadas que todas as peças deverão ser submetidas à avaliação da Secretaria de Comunicação Social (Secom), comandada pelo ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz.

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Até então, somente os comerciais institucionais, que visam reforçar uma determinada marca, costumavam passar pela Comunicação do Palácio do Planalto. A decisão de submeter a aprovação de ações à aprovação da Secom reforça o intervencionismo do governo na comunicação de estatais  e, consequentemente, legitimam o poder de veto a Bolsonaro .

Na propaganda do Banco do Brasil , jovens negros, tatuados, trans e de diferentes estilos aparecem em cenas do cotidiano, o que desagradou ao presidente da República. Todos os jovens que aparecem na ação sequer falam, apenas contracenam com a câmera.

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"É impossível entender a cabeça de um presidente que se incomoda com a liberdade alheia, com a diversidade. Há uma questão psicológica a ser estudada", defende o ativista  LGBT Fernando Dantas, que trabalha em uma ONG que dá abrigo a homens e mulheres  transexuais em situação de vulnerabilidade.

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