O presidente Adalberto Sigismundo Eberhard foi oficialmente exonerado, nesta terça-feira (16), da presidência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – órgão que faz parte do Ministério do Meio Ambiente. Sua saída do governo Bolsonaro foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).
Leia também: "Que diferença faz quem é o Chico Mendes?", diz ministro do Meio Ambiente
A exoneração do médico veterinário aconteceu a pedido próprio de Eberhard. Nesta segunda-feira (15), ele pediu para deixar o governo, apenas três meses após assumir o cargo, acentuando o clima tenso e conflagrado na pasta que é chefiada pelo ministro Ricardo Salles. Eberhard vinha sendo, inclusive, cobrado pelos servidores do órgão a dar uma resposta às declarações sobre o Instituto Chico Mendes , feitas pelo ministro em cerimônia pública no fim de semana.
Ontem, Adalberto Eberhard enviou uma carta a Salles alegando "motivos pessoais" para seu pedido de demissão do ICMBio. A sua saída do governo Bolsonaro se deu depois que Salles, numa reunião conturbada com produtores rurais do Rio Grande do Sul, no sábado, se irritou com a ausência de servidores do instituto e ameaçou uma punição por "desrespeito à figura do ministro, do presidente do ICMBio e do povo gaúcho".
Leia também: Após Brumadinho, ministro Ricardo Salles chama sistema de barragens de "arcaico"
Ao jornal O Estado de S.Paulo , o ministro comentou a baixa no governo e disse que agradecia o "grande trabalho que o Adalberto fez à frente do ICMBio num momento muito difícil e de reestruturação". Além disso, admitiu que ainda não tem um nome substituto para encabeçar o Instituto Chico Mendes , órgão responsável pela gestão de 335 unidades de conservação federais no País.