Fachada da sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)
Divulgação/Alerj
Fachada da sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)

Os deputados estaduais do Rio de Janeiro aprovaram nesta quarta-feira (10) um projeto de lei que autoriza o porte de arma a eles mesmos. O projeto também estende a mesma permissão a agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), à polícia legislativa da Alerj e auditores fiscais estaduais e municipais.

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A proposta original, do deputado Marcos Muller (PHS), visava dar porte de arma apenas aos agentes do Degase, que lidam com menores de idade apreendidos. No entanto, quando estava em discussão na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro ( Alerj ), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Márcio Pacheco (PSC) apresentou a emenda que incluía também os outros profissionais.

O projeto foi aprovado por 44 votos a 11 e agora precisa da sanção do governador Wilson Witzel . Tudo indica que o governador deve concordar com os deputados, uma vez que Márcio Pacheco é o líder do governo de Witzel na Assembleia. A oposição prometeu ir à Justiça contra a implementação do projeto.

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Críticos ao projeto, o deputado Luiz Paulo (PSDB) chamou a emenda de “Frankenstein”, e Carlos Minc (PSB), por sua vez, disse que mais armas podem resultar em mais violência, e lembrou da família cujo carro foi fuzilado com 80 tiros pelo Exército.

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Já Alexandre Freitas (Novo) defendeu o projeto na Alerj . "Eu sou um liberal. Ser liberal é o quê? Que liberdade e propriedade são sagrados. Acho que o Estado tem tanto direito de mexer na minha arma, quanto na maconha do PSOL (...) Infelizmente, o estatuto do desarmamento impede arma não só para o Degase mas também para o deputado estadual, mas o encaminhamento é favorável ao projeto", disse.

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