Damares Alves chora durante Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados
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Damares Alves chora durante Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, teve seu nome apontado como um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (11). Sob a hashtag #DamaresBrasilTeAma, a ministra recebeu o apoio de alguns internautas depois de chorar na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira (10).

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Damares chorou após a deputada Érika Kokay (PT-DF) citar o caso em que a ministra afirmou que viu Jesus "subir em pé de goiaba". Em sua fala, Kokay falava sobre o funcionamento do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente).

"Como é possível, ministra, que nós não tenhamos em pleno funcionamento um órgão como o Conanda? Porque nem todas as meninas vítimas de violência podem ser salvas por um Jesus na goiabeira , nós precisamos de políticas públicas", disse Kokay.

A referência é a episódio relata por Damares em um congresso evangélico, no qual ela, que sofreu abusos sexuais na infância, disse que aos 10 anos ia se suicidar em um pé de goiaba, mas desistiu ao ver Jesus.

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Depois da declaracão de Kokay , diversos deputados já saíram em defesa da ministra, a reconhecendo como uma “guerreira” por ter superado a violência na infância.

Ao fim do debate, Damares respondeu a deputada e disse que o conselho está em funcionamento, mas “atrasou em questão dias” as reuniões do grupo de trabalho. A ministra também se emocionou e disse que não esperava a ironia da deputada.

“Eu não posso me omitir, eu não posso me silenciar, Jesus realmente apareceu no pé de goiaba pra mim. E a forma como a senhora falou em um primeiro momento machucou muito essa ministra", afirmou.

"Eu senti que a senhora falou de uma forma irônica, a senhora zombou, mas a senhora não zombou somente de uma menina, zombou de milhares de meninas do Brasil. Quem passou pelo calvário que eu passei sabe o que é sentar no colo de um abusador. E eu esperava, deputada, de todo mundo, menos da senhora que é uma psicóloga”, continuou Damares .

Em resposta, a deputada disse que ao citar o caso quis demonstrar seu posicionamento contra a assistência religiosa como único apoio a quem sofre violência sexual.

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“Eu me solidarizo com a sua dor e com a de milhares de crianças, mas digo que, [além da] assistência religiosa –ainda que seja fundamental, pois eu não duvido que a senhora tenha encontrado a sua salvação – é preciso ter um plano de enfrentamento à violência sexual que atinge as crianças, um plano que contemple todas as políticas públicas”, disse Érika Kokay .

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