Moro compara pacote anticrime a filmes: "Funciona lá fora, vai funcionar aqui"
Ministro defendeu que policiais trabalhem infiltrados com objetivo de revelar esquemas de venda de drogas, armas ou lavagem de dinheiro
Por iG São Paulo |
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, defendeu o pacote anticrime e o trabalho de policiais disfarçados neste domingo (7). Em sua conta do Twitter, Moro usou filmes norte-americanos para exemplificar o que deveria ser implantado no Brasil e afirmou que são "medidas simples e eficazes contra o crime".
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"Já assistiu aqueles filmes norte-americanos com agentes policiais disfarçados infiltrando-se em gangues de criminosos, traficantes ou corruptos? Como Donnie Brasco ou The Infiltrator e que retratam casos reais. Pois bem, precisamos deixar a lei brasileira mais clara para que agentes policiais no Brasil possam fazer o mesmo", comparou Sérgio Moro
.
O ministro da Justiça
defendeu que, assim como nos filmes, os policiais brasileiros possam trabalhar disfarçados para revelar esquemas de venda de drogas, armas ou lavagem de dinheiro. "No projeto de lei ,
deixamos claro que vender ou entregar drogas ou armas para um policial disfarçado é um crime e não algo impossível, como alguns entendem com base na legislação ultrapassada", escreveu.
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Objetivo, melhorar a lei para permitir que agentes policiais brasileiros possam atuar de maneira disfarçada e revelar grandes esquemas de venda de drogas, armas ou de lavagem de dinheiro e que o criminoso assim descoberto vá para a prisão.
— Sergio Moro (@SF_Moro) 7 de abril de 2019
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Moro argumenta que para que a proposta funcione, o governo deve investir em treinamento e capacitação dos agentes, com o objetivo de revelar esquemas criminosos pré-existentes. "Funciona lá fora, vai funcionar aqui", completou o ex-juiz.
Sérgio Moro divulgou as propostas do pacote anticrime no dia 4 de fevereiro. Atualmente, o projeto tramita paralelamente na Câmara e no Senado. Após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criar um grupo de trabalho para analisar o projeto - o que demoraria mais de 90 dias - senadores resolveram "adotar" a proposta , copiando o texto e assinando como autores.