Jair Bolsonaro não aceitou a acusação de que o seu governo enfrente uma disputa interna entre os indicados pelo filósofo Olavo de Carvalho e a ala militar. Em encontro com jornalistas nesta sexta-feira (5), o presidente afirmou que todos trabalham de forma alinhada, sem um guerra de disputa de cargos.
Leia também: Olavo de Carvalho rebate Doria e manda tucano "deixar de ser caipira"
Desde que montou a sua equipe de governo, Jair Bolsonaro ouviu indicações de generais das Forças Armadas e de Olavo de Carvalho , escritor tido como “guru” pelo presidente. Entre os indicados do filósofo estão os ministros Ricardo Vélez Rodríguez (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
"Não existe olavetes contra militares. Agora, [dizem que] militares querem a Apex e a Secom. Isso não existe", explicou Bolsonaro.
O presidente ainda ressaltou que nem todas as pessoas que estão no Planalto e que seguem as doutrinas de Olavo estão lá por indicação.
Leia também: Olavo de Carvalho ataca ministro Santos Cruz: "Simplesmente não presta"
"Tem mais de 20 mil pessoas formadas por ele. Não dá para monitorar se gostam do Olavo ou não. As escolhas são técnicas”, disse.
O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, também negou que exista uma ala militar no governo. Segundo ele, tudo não passa de “invenção”.
"É uma invenção. Tentam criar. Se existisse, somos amigos há mais de 40 anos. Não vai sair fofoquinha", explicou.
Leia também: Ministro da ala militar critica Olavo de Carvalho: "Desequilíbrio é evidente"
O comando do Ministério da Educação pode gerar um novo embate entre militares e ‘olavetes’, já que o próprio Bolsonaro admitiu não está contente com Ricardo Vélez, indicado por Olavo de Carvalho .