O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (5), que o ministro da Educação, Ricardo Vélez "não está dando certo" no cargo que ocupa desde o início do ano. Embora não tenha confirmado a decisão de demití-lo, Bolsonaro indicou que, na semana que vem, deve bater o martelo sobre o destino do ministro.
"Está bastante claro que não está dando certo o ministro Vélez. Na segunda-feira, vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta", disse o presidente. A declaração foi dada em café no Palácio do Planalto e mostra que, embora o presidente dê indicações da demissão do ministro, não descarta a possibilidade de mantê-lo no cargo.
Hoje, o ministério comandado por Vélez enfrenta uma crise pautada em uma série de dmeissões e de problemas administrativos. Por enquanto, pelo menos 16 pessoas do alto escalão já foram demitidas da pasta em menos de três meses de gestão. Tal crise emperra programas importantes da pasta.
Professor universitário, filósofo e escritor, Ricardo Vélez Rodríguez é um dos ministros indicados a Jair Bolsonaro por Olavo de Carvalho. O outro é Ernesto Araújo, atual ministro das Relações Exteriores. Nascido em Bogotá, capital da Colômbia, o ministro da Educação tem 75 anos, é naturalizado brasileiro e foi professor de escola do Exército.
Frente a rumores de que demitiria o ministro, há alguns dias, o presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais negar a informação. O capitão reformado ainda fez questão de atacar a mídia por supostamente espalhar notícias falsas sobre o governo.
"Sofro fake news diárias como esse caso da "demissão" do Ministro Velez", escreveu Bolsonaro , que ainda afirmou que veículos de imprensa "criam narrativas" com a intenção de desgastar o governo. A informação de que o presidente já havia optado pela exoneração de Vélez veio da jornalista e comentarista política Eliane Cantanhêde, da GloboNews .
Na ocasião, quem também foi às redes sociais para atacar os jornalistas foi o próprio Vélez. Após replicar a postagem de Bolsonaro no Twitter, o ministro fez uma acusação grave contra a classe.
"O jornalismo brasileiro se põe raivoso por estar, pela primeira vez, sem poder barganhar às custas de trocas de favores. Meu compromisso é com os brasileiros e seus representantes. Os veículos que busquem outras fontes de financiamento", escreveu o ministro da Educação.