Crivella vê "razões políticas" em abertura de processo de impeachment
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, prefeito do Rio lamentou decisão dos vereadores e afirmou que razão da abertura é "um verdadeiro absurdo"
Por iG São Paulo |
Na tarde desta quarta-feira (3), o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, convocou a imprensa para comentar a abertura do processo de impeachment que foi aprovado pela Câmara de Vereadores da cidade na última terça. Para ele, a atitude deve "motivação política" e foi um "verdadeiro absurdo".
"Com esse motivo que não é plausível, que é uma coisa absolutamente inócua, uma coisa sem qualquer relevância se votou a abertura do impeachment, por razões políticas. Mas a razão em si do impeachment é um verdadeiro absurdo", defendeu-se Crivella
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Segundo a denúncia que deu início ao processo, protocolada pelo ex-servidor da Fazenda Fernando Lyra , o prefeito teria cometido suposto crime de responsabilidade ao favorecer as empresas OOH Clear Channel e JCDecaux em renovações de contratos de mobiliários urbanos em dezembro de 2018.
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O problema teria sido uma emenda, apresentada pelo Poder Público no momento da renovação da concessão, que inicialmente era de 20 anos, fato que teria causado prejuízo aos cofres públicos no valor de R$ 20 milhões.
Em sua defesa, Crivella apontou que Lyra só entrou com o processo quando foi demitido: "Agora ele acha que é irregular e não tem despesa nenhuma de R$ 20 milhões. É uma forma de cobrar propaganda de rua. Uma forma de cobrar propaganda de rua. E as empresas que têm esse mobiliário já tinham entrado na Justiça na época do Cesar Maia para não pagar do jeito que ele (servidor) acha que tem que ser pago".
Relembre como foi a votação
35 vereadores votaram pela abertura do processo e 14 contra. Ainda houve uma abstenção, de Alexandre Isquierdo (DEM), e um impedimento, do próprio presidente da casa, Jorge Felippe (MDB), que será o substituto do prefeito em caso de aprovação do impeachment.
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Apesar da abertura, Crivella poderá seguir no cargo até que o tramitação seja finalizada. Este foi o quinto processo contra o prefeito protocolado na Câmara e apenas a primeira vez que a abertura foi aprovada em toda a história.