Mourão chama abertura de escritório em Jerusalém de "passo intermediário"

Segundo o vice-presidente, anúncio representa passo do governo brasileiro na direção da mudança da embaixada do país em Israel para Jerusalém

Foto: Romério Cunha/VPR - 24.1.19
Em entrevista, Mourão comentou sobre a abertura de escritório em Jerusalém e Palestina

Nesta segunda-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão comentou o anúncio feito por Jair Bolsonaro sobre a abertura de um escritório  para promoção do comércio, investimento, tecnologia e inovação em Jerusalém. Para ele, este é um "passo intermediário" diante do desejo do presidente de transferir a embaixada brasileira em Israel.

Segundo Mourão, a mudança nada tem a ver com diplomacia. Ele assegurou ainda que todas as ponderações foram ouvidas e que não há qualquer "rusga" na conversa, uma vez que ambos estão do mesmo lado e juntos na decisão.

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Relembre o caso

Logo após ter sido eleito, Bolsonaro confirmou que tinha a intenção de transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, em um claro gesto de "agrado" aos israelenses. Entretanto, tal gesto desagradaria os palestinos, que também reinvindicam a cidade como um local sagrado.

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Exatamente por isso, o anúncio da criação do escritório, que aproxima Brasil e Israel, gerou certo descontentamento com a Autoridade Palestina. No último domingo, o Ministério das Relaçõex Exteriores divulgou nota criticando a atitude e convocando o retorno do embaixador do país no Brasil para a definição de quais serão as ações tomadas.

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"Logo ele volta"

Mourão também falou sobre este episódio e disse crer que o embaixador voltará para o Brasil após as conversas com a Autoridade Palestina . "Chama para consulta. Vai lá, bate um papo, daqui a pouco ele volta", afirmou o vice-presidente.

Ainda sobre o tema, Mourão afirmou que a decisão do Brasil não é diplomática e que o país acredita em uma coexistência pacífica entre árabes e israelenses.