A deputada federal Joice Hasselmann apagou posts antigos em seu perfil pessoal do Twitter em que chamava o período de 1964 e 1985 no Brasil de ditadura. A ação se deu no mesmo dia em que a parlamentar do PSL postou uma opinião informando que, a partir deste ano, o Brasil irá comemorar o evento do dia 31 de março de 1964.
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"A partir deste ano, o Brasil irá comemorar o aniversário do 31 de março de 1964. A data foi incluída na ordem do dia das FFAA e cada comandante decidirá como deve ser feita. É a retomada da narrativa verdadeira de nossa história. OrgulhoBR", publicou a deputada. Joice Hasselmann ainda ilustrou a publicação com uma foto dela ao lado de militares.
Os posts apagados foram resgatados por internautas, que os deixaram disponibilizados no Twitter . Desde então, Joice não fez qualquer comentário a respeito.
Escolhida por Jair Bolsonaro para ser a líder do governo no Congresso, a deputada é uma das principais aliadas do presidente. Ex-jornalista, a parlamentar chegou a trabalhar na rádio Jovem Pan e na revista Veja e, por meio de seu blog, fez críticas ao período em que os militares estiveram no poder (1964-1985).
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Twitter de Joice Hasselmann movimentado
Esta foi a segunda confusão criada no Twitter da deputada em menos de uma semana. No domingo, ela chegou a discutir com o também deputado Kim Kataguiri. Em sua defesa, afirmou que as trocas de farpas aconteceram devido a uma assessora que controlava sua conta.
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A discussão com Kim Kataguiri começou após ele publicar uma mensagem no Twitter com críticas à articulação política do PSL. "O PSL na eleição para a presidência da Câmara: 'precisamos ser pragmáticos, só Maia consegue garantir maioria e conduzir a previdência'. PSL agora: 'Maia está sabotando a reforma em nome da velha política! Vamos derrubar o Congresso! Fora todos!' Falta coerência", escreveu o parlamentar.
Logo depois, Joice Hasselmann respondeu negando que o partido tenha feito a afirmação e pediu que o líder do MBL não fosse "mais oportunista do que a média de sempre". Kim, por sua vez, rebateu: "Tem de ser muito cara de pau para falar em oportunismo. Dizia que Maia era o demônio na Terra, o arqui-inimigo da Lava Jato, o símbolo-mor da corrupção. Depois de eleita, passou a ser Maia desde criancinha. Tenha dó".