O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos realizará, nesta quarta-feira (27), o evento "O protagonismo da mulher jovem no Brasil", em Brasília, em comemoração ao mês da mulher. Uma das palestras do encontro será apresentada pela deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC), com o tema "armadilhas do feminismo".
Leia também: Damares aconselha pais de meninas a fugirem do Brasil por causa de violência
Campagnolo é autora do livro "Feminismo: perversão e subversão" que, segundo nota do Ministério da Mulher , "revê a trajetória do feminismo, confrontando as alegadas motivações e supostas conquistas do movimento com suas reais consequências na história cultural do Ocidente e, em especial, do Brasil".
O texto de divulgação do evento ainda chamou o feminismo de "movimento de traços ideológicos" e não deu maiores detalhes sobre quais seriam as "supostas conquistas" e "reais consequências" do movimento para o País.
De acordo com o Ministério, o evento teria como objetivo "avançar e fundamentar conceitos para a temática na qual a mulher jovem é protagonista, contribuindo para a programática que visa garantir os direitos estabelecidos pelo Estatuto da Juventude”.
Ana Campagnolo se envolveu em uma polêmica no final do ano passado por conta de uma campanha que incentivava que alunos denunciassem professores. A deputada criou um "canal de denúncias" em sua própria página do Facebook e pediu que os estudantes gravassem vídeos de docentes que fizessem “queixas político-partidárias em virtude da vitória do presidente Bolsonaro”.
Após a repercussão, o Ministério Público Federal reagiu negativamente à ação proposta pela parlamentar e considerou que o canal de denúncias era ilegal. A 25ª Promotoria de Justiça de Florianópolis também instaurou um procedimento para investigar se houve censura a professores após a iniciativa de Campagnolo. A deputada, por sua vez, teve que pagar uma indenização por danos morais coletivos.
Leia também: Bolsonaro nega tomar decisões sozinho: "Ouço qualquer ministro. Até a Damares"
Recentemente, um vídeo antigo em que Damares diz que "feministas não gostam de homens porque são feias" circulou pela internet. Em fevereiro, quando já havia sido indicada para comandar o Ministério da Mulher , ela afirmou que poderia ir às ruas com feministas, "mas sem exagero de seios à mostra".