O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), cancelou a sua visita que estava programada para esta quarta-feira (27), na Universidade Presbiteriana Mackenzie, no centro de São Paulo. A decisão acontece dias depois de estudantes se mobilizarem para convocar protestos contra e a favor da presença do presidente no instituto. No entanto, o motivo do cancelamento não foi divulgado oficialmente.
Vídeos e imagens divulgados, hoje, nas redes sociais mostram estudantes realizando um protesto dentro da universidade, cantando contra Bolsonaro, gritando a expressão "ele não" –popularizada pela oposição durante a campanha presidencial – e portando cartazes que repudiavam a presença do presidente no Mackenzie . Muitos criticavam também a decisão do governo federal de celebrar o aniversário do golpe militar de 1964.
A visita do presidente seria a um centro de pesquisa de grafeno da universidade. Apesar de não constar na agenda oficial do presidente da República , ela já havia sido confirmada pela assessoria do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e constava na lista de compromissos públicos do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
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De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o compromisso não foi cancelado porque não chegou a ser confirmado. Mas um comunicado interno da universidade, assinado pelo chefe de gabinete da reitoria, professor Wilson do Amaral Filho, expressa o cancelamento da visita de Bolsonaro . No texto, Amaral afirma que a visita foi "cancelada pela Presidência da República".
Além de Pontes e Heleno, estariam presentes no encontro o governador João Doria (PSDB) e o prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB). O compromisso, no entanto, já foi retirado das agendas dos dois.
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Quanto à manifestação a favor do presidente, que vinha sendo organizada pelas redes sociais, não há imagens ou a confirmação de que elas tenham realmente acontecido. As aulas que foram canceladas para aguardar a visita de Bolsonaro ao Mackenzie continuam suspensas.