O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quinta-feira (7) que democracia e liberdade em um país dependem do querer de seus militares.
"A missão [de mudar o Brasil] será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a Pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem a aproximação com países que tenham ideologia semelhante à nossa, daqueles que amam a democracia e a liberdade. E isso, democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer", afirmou Jair Bolsonaro .
A declaração foi dada em rápido discurso diante de militares na cerimônia para celebrar os 211 anos do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro.
Capitão da reserva do Exército Brasileiro, Bolsonaro também defendeu que haja discussão em busca de uma "retaguarda jurídica" para respaldar o trabalho dos militares no país. “Temos uma missão de mudar o Brasil. Esse foi nosso propósito, essa foi nossa bandeira ao longo de quatro anos andando por todo Brasil. O que eu quero para o senhores, meus irmãos militares, vocês conversando, ouvindo, debatendo... Uma retaguarda jurídica para que vocês possam exercer seus trabalhos, em especial nas missões extraordinárias da tropa", disse.
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Jair Bolsonaro pede "sacrifício" a militares por reforma da Previdência
O presidente, por outro lado, pediu também o "sacrifício" dos militares em nome da reforma da Previdência defendida pelo governo e que está prestes a entrar em discussão na Câmara dos Deputados . “O que eu peço aos senhores é sacrifício, também. Entraremos numa nova Previdência que atingirá os militares, mas não deixaremos de lado, não esqueceremos, as especificidades de cada força", declarou.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) entregue pela equipe econômica do governo ao Congresso ainda não inclui os militares. A promessa é de que a mudança nas regras para aposentadoria da categoria seja especificada em um segundo texto a ser apresentado até o fim deste mês.
Jair Bolsonaro retorna ainda nesta tarde a Brasília, onde tem agenda com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Floriano Peixoto, e também com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e ministros Osmar Terra (Cidadania) e Damares Alves (Direitos Humanos). O presidente se reúne também com o CEO da Rede Record, Marcos Vinicius, segundo previsto em sua agenda oficial.