O deputado federal Rui Falcão (PT), ex-presidente nacional do PT, disse a jornalistas que "pegaria muito mal" se a Justiça proibisse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba (PR) desde abril do ano passado, de comparecer ao velório do neto, Arthur Araújo Lula da Silva. O menino de sete anos morreu nesta sexta-feira (1º), vítima de uma meningite meningocócica.
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O parlamentar chegou ao cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP), pouco antes das 10h. À imprensa, Falcão defendeu que a prisão de Lula é injusta e lembrou de outros parentes que o ex-presidente perdeu recentemente. "É mais um drama para um preso político, preso sem culpa. Já perdeu sua esposa, perdeu o irmão, do qual não pode participar do velório. Agora acho que pegaria muito mal proibi-lo", declarou.
Os petistas Eduardo Suplicy e Rui Costa, governador da Bahia, também participaram do velório de Arthur. O ex-senador por São Paulo disse a jornalistas que escreveu ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) para defender a presença de Lula na cerimônia, considerada "fundamental, sagrada, constitucional e legal" por Suplicy. Costa se recusou a falar com a imprensa.
Solidariedade a Lula
Desde ontem, políticos, ministros e pessoas públicas têm manifestado seus sentimentos a Lula nas redes sociais e defendido o direito do petista de velar o neto. Pelo Twitter, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi uma das primeiras a prestar condolências, se referindo a Arthur como uma "criança maravilhosa".
Minha imensa solidariedade, a @LulaOficial e sua família, face a imensa dor que se abate, hoje, sobre eles. Meu pesar pelo falecimento de Arthur, neto querido e filho amado, vítima de meningite, aos 7 anos. Uma criança maravilhosa. pic.twitter.com/7gMIx63Jms
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 1 de março de 2019
Ex-candidata à Presidência e ministra do Meio Ambiente por boa parte do governo Lula, Marina Silva (REDE) também manifestou solidariedade ao ex-presidente. Ainda pelo Twitter, Marina escreveu que, como futura avó, não consegue imaginar "tamanha tristeza e dor" e desejou que "Deus conforte familiares e amigos".
Meus sentimentos ao ex-presidente Lula e sua família pelo falecimento precoce do seu neto Arthur. Como futura avô, não consigo imaginar tamanha tristeza e dor. Que Deus conforte seus familiares e amigos.
— Marina Silva (@MarinaSilva) 1 de março de 2019
O ministro Gilmar Mendes
, do STF (Supremo Tribunal Federal), também usou a rede social para prestar condolências a Lula. O magistrado afirmou que "o luto é momento de solidariedade e união" e que não conhece política ou ideologia. "Perder uma criança é uma das experiências mais devastadoras que se pode ter", completou o ministro.
O luto é momento de solidariedade e união, não conhece política nem ideologia. Perder uma criança é uma das experiências mais devastadoras que se pode ter. Meus sentimentos à família Lula da Silva.
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) 2 de março de 2019
O senador por São Paulo, José Serra (PSDB), usou a plataforma para expressar sua "mais sinceridade ao ex-presidente Lula e sua família neste momento de imensa dor". O tucano foi um dos poucos políticos de partidos de oposição ao PT que se manifestaram na internet.
Quero expressar aqui minha mais sincera solidariedade ao ex-presidente @LulaOficial e sua família neste momento de imensa dor pela perda de seu neto Arthur, de apenas sete anos.
— José Serra (@joseserra_) 1 de março de 2019
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A morte de Arthur também teve repercussão internacional. No Twitter, o presidente da Bolívia, Evo Morales, se disse muito triste pela notícia sobre o neto de Lula
, chamado de "irmão" por Morales. "Em nome do povo boliviano, prestamos nossas mais profundas condolências", completou o presidente.
Muy tristes por la noticia del fallecimiento del pequeño nieto del hermano @LulaOficial , Arthur Araújo Lula da Silva, a quien una enfermedad truncó su corta vida. A nombre del pueblo boliviano hacemos llegar nuestras más sentidas condolencias. pic.twitter.com/6AbRrs3Ymi
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 2 de março de 2019