"Início de governo é desordenado. O atual está abusando", critica FHC

Ex-presidente ainda comentou a crise que atingiu o governo de Bolsonaro nesta semana e afirmou que seus familiares "colocam lenha na fogueira"

FHC afirmou que familiares de Bolsonaro colocam 'lenha na fogueira'
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - 23.5.15
FHC afirmou que familiares de Bolsonaro colocam 'lenha na fogueira'

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criticou o governo de Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira (15). Em sua conta do Twitter, FHC afirmou que o atual governo é "desordenado" e que "está abusando". 

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Segundo FHC , a interferência dos filhos de Bolsonaro no mandato também é um fator de desestabilização que pode afetar todo o País. "Não dá para familiares porem lenha na fogueira. Problemas sempre há, de sobra. O Presidente, a família, os amigos e aliados que os atenuem, sem soprar nas brasas. O fogo depois atinge a todos, afeta o país. É tudo a evitar", disse. 





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Em sua declaração, o ex-presidente se referiu à atual crise que envolve o governo e os filhos de Bolsonaro . Reportagens no início desta semana revelaram que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, pode ter repassado verbas públicas do PSL a candidaturas laranjas em Pernambuco e em Minas Gerais. Ele presidia o partido no período eleitoral.

Para se defender das acusações, Bebianno afirmou que já havia conversado três vezes com Bolsonaro sobre o assunto, enquanto ele estava no hospital. No entanto, o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, divulgou áudios da ligação, em que Bolsonaro dispensa a conversa, e acusou o ministro de mentir. 

A confusão causou mal estar no governo. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, por sua vez, anunciou que a Polícia Federal abriu investigações sobre o caso, a pedido do presidente.

Não foi a primeira vez que FHC comentou o atual governo. Em novembro, o ex-presidente afirmou que o governo poderia prejudicar a imagem do Brasil no exterior. "Eu quero ver o que ele vai fazer. Uma coisa é o que as pessoas dizem na campanha, outra coisa é o que fazem. Se for [extrema-direita], contará com a minha oposição”, disse.