Novo boletim médico divulgado neste domingo (3) pelo hospital Albert Einstein, onde presidente Jair Bolsonaro (PSL) está internado, em São Paulo, aponta para um quadro clínico estável. Segundo a equipe médica, o presidente está sem dor e sem sinais de infecção.
Nesse sábado (2), Jair Bolsonaro teve náuseas e vômitos, que teriam sido causados por uma alta concentração de suco gástrico no estômago. Para retirar o excesso de líquido, foi inserida uma sonda nasogástrica.
Carlos Bolsonaro chegou a publicar em sua conta do Twitter que o pai havia tido uma recaída e pedindo orações. Na manhã de hoje, porém, ele afirmou que o pai acordou "bem e animado" .
A assessoria de imprensa da Presidência da República divulgou que os sintomas sentidos pelo presidente eram uma "reação normal e decorrente da retomada da função intestinal˜.
Por outro lado, especialistas ouvidos pelo jornal Folha de S.Paulo afirmam que a reação não deveria acontecer no quinto dia de pós-operatório. Segundo eles, os sintomas de Bolsonaro representariam uma piora no estado clínico pois alguma coisa teria feito o intestino parar de funcionar.
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O boletim médico divulgado hoje, no entanto, afirma que Bolsonaro foi submetido pela manhã a uma tomografia de abdômen que descartou complicações cirúrgicas. O presidente compartilhou o boletim em seu perfil no Twitter com uma mensagem otimista.
(03/02/2019): Boletim de saúde após a terceira cirurgia passada da tentativa de assassinato sofrida! Vamos sair dessa! 👍🏻 pic.twitter.com/lHzyfWkZFN
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 3 de fevereiro de 2019
Ele continua com a sonda nasogástrica para drenar líquido gástrico que se acumula em seu abdômen. Bolsonaro se alimenta ainda apenas por via parenteral e segue realizando fisioterapia respiratória e motora. Por ordens médicas, o presidente segue com visitas restritas.
Bolsonaro passou por uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal há seis dias. O procedimento demorou sete horas e foi a terceira cirurgia pela qual o presidente passou depois de ser atacado com uma facada durante ato de campanha, em setembro de 2018.
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A previsão inicial era de que Jair Bolsonaro ficaria dez dias internado. Na última quarta-feira (30), ele reassumiu a Presidência da República e montou um gabinete improvisado em uma sala do hospital. O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, afirmou na quinta-feira (31) que o governo tem esperança de que na semana que vem o presidente Jair Bolsonaro já possa voltar a trabalhar em Brasília, mas não há previsão de alta.