O jornal francês L’Humanité gerou polêmica nesta terça-feira (29) ao estampar na capa do veículo o rosto do o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pedindo que o petista receba o prêmio Nobel da Paz de 2019. A ação seria um movimento de apoio a uma campanha liderada pelo ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel que indica Lula como candidato ao prêmio.
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A petição a favor do ex-presidente já tem quase meio milhão de assinaturas e justifica que Lula recebeu a indicação devido aos programas criados durante o seu mandato, a fim de erradicar a fome e reduzir a pobreza. “Se um governo nacional se tornar um exemplo global da luta contra a pobreza e a desigualdade, contra a violência estrutural que nos aflige como humanidade, deve ser reconhecido por sua contribuição à paz”, explicou Esquivel em carta ao Nobel da Paz .
A campanha vai até esta quinta-feira (31), data limite para o comitê do Nobel da Paz receber indicações de candidaturas para o prêmio, que podem ser feitas por professores, universitários, diretores de institutos de pesquisa da paz, ou detentores do prêmio , como é o caso de Esquivel, que ganhou o Nobel da Paz em 1980.
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Na carta de indicação, o ativista diz buscar reconhecimento ao ex-presidente por ter “tirado 30 milhões de pessoas da pobreza”, além de ter “reduzido a taxa de desemprego, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, e ter “criado 15 milhões de novos empregos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego”. Esquivel ainda destacou os programas Fome Zero e Bolsa Família, criados pelo governo federal durante o governo Lula .
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Apesar da campanha de indicação ao Nobel da Paz , o ex-presidente se encontra preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril de 2018. Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, durante a Operação Lava Jato.