O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, reagiu nesta terça-feira (22) à divulgação da notícia de que ele empregou parentes de um foragido da Justiça acusado de envolvimento com a milícia no Rio de Janeiro.
Em nota, Flávio Bolsonaro , atribuiu ao ex-assessor Fabrício Queiroz – aquele – a responsabilidade pela contratação da mãe e da esposa do capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, que está foragido desde esta manhã. Nóbrega é alvo de investigação contra o chamado Escritório do Crime, grupo suspeito de envolvimento com o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
"Continuo a ser vítima de uma campanha difamatória com objetivo de atingir o governo de Jair Bolsonaro. A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz , que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão", reclamou o filho do presidente.
"Tenho sido enfático para que tudo seja apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei. Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar", continuou. " Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos", finalizou Flávio.
O senador eleito também reproduziu hoje cedo em suas redes sociais nota lida pelo jornalista Boris Casoy, da RedeTV! . A emissora rebateu crítica feita pela Rede Globo acerca de entrevista com Flávio Bolsonaro veiculada no fim de semana.
Na ocasião, Flávio explicou que os R$ 98 mil depositados em sua conta em 2017 (conforme apontado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf ) se refere à venda de um apartamento. A Globo enfatizou em seus telejornais que não foi perguntado a Flávio a razão pela qual o senador depositou o dinheiro no caixa eletrônico, com diferença de minutos entre cada operação, em vez de depositar tudo de uma vez na própria agência.
"A RedeTV! esclarece que fez um trabalho profissional e isento", disse Boris Casoy na noite dessa segunda-feira (21). "Eu fiz todas as perguntas que o momento requeria, algumas até de forma incisiva. Flávio Bolsonaro deu a sua versão sobre todas as dúvidas que pairavam. No entanto não quis exibir documentos. Disse que os apresentará, antes, às autoridades competentes."
Flávio Bolsonaro destacou em publicação no Twitter o último trecho da resposta da RedeTV! : "Bom jornalismo é o que faz as perguntas isentas e imparciais, e não, o ‘jornalismo inquisitivo’ que almeja obter respostas que gostaria de ouvir do entrevistado".