Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva
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Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que a possibilidade de instalação de uma base militar dos Estados Unidos no Brasil,  anunciada na última sexta-feira (4) por Bolsonaro, ainda não está definida. O general acrescentou, em entrevista ao jornal Valor Econômico , que "não vê qual seria o motivo" de uma base como esta no País.

Em sua última declaração sobre o país norte-americano, Bolsonaro disse que está aberto a discutir a possibilidade de instalação de uma base militar americana no Brasil. O ministro da Defesa , porém, afirmou que este é "um assunto muito complexo" que ainda não foi conversado entre os dois. "É um assunto muito complexo que ele [Bolsonaro] ainda não conversou comigo. Tem que ver direitinho. Não vejo qual seria o motivo de uma base como essa", disse ao Valor .

"O presidente ainda tem que colocar para a Defesa, que é responsável pelo tema, qual é o pensamento dele. Se responder, estarei sendo injusto até com ele. Hoje estive com ele [Bolsonaro] na cerimônia da Força Aérea e conversamos sobre outros assuntos mas esse aí não", completou. 

Azevedo e Silva também falou da transferência da embaixada brasileira em Israel de TelAviv para Jerusalém e disse que acredita que Bolsonaro "ainda esteja refletindo" sobre o assunto. "O presidente gosta de escutar os assessores dele para tomar decisões e acredito que ainda esteja refletindo. É uma decisão política. É uma intenção dele e cabe aos seus assessores avaliarem as vantagens e as desvantagens de uma decisão como esta", defendeu. 

No entanto, o presidente disse na semana passada, em entrevista ao SBT , que a transferência da embaixada já está definida. “Como disse o primeiro ministro de Israel: a decisão está tomada. Está faltando apenas definir quando ela será implementada”, confirmou Bolsonaro. 

O general também falou sobre a MP 2215, do ano de 2001, que acabou com a promoção automática dos militares que passam para a reserva, o auxílio-moradia e o adicional de inatividade – que o presidente sinalizou intenção de revisar. Azevedo e Silva disse que esta é outra medida que ele "precisa ver com calma". 

"Fomos dormir de um jeito e acordamos de outro. Perdemos direitos como auxílio-moradia completo que em alguns casos seriam justos. Por exemplo, quando o oficial é removido por necessidade do serviço e não tem disponibilidade (de imóvel), ele vai ter que alugar. Os outros poderes regularam isso: quem vem de fora ainda tem o auxílio-moradia, nós perdemos por completo", reclamou. 

Leia também: Bolsonaro adota tom de urgência com ministros: "O País não pode mais esperar"

Fernando Azevedo e Silva, é general do Exército Brasileiro e atual ministro da Defesa do governo Bolsonaro. Antes, ele era assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, um mês antes da eleição.

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