Algumas horas antes de dar posse, nesta segunda-feira (7), em solenidade no Palácio do Planalto, aos dirigentes do Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que a caixa-preta de diversos órgãos começou a ser aberta.
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De acordo com ele, "com poucos dias de governo, não só a caixa-preta do BNDES, mas [também] de outros órgãos", está sendo levantada e será divulgada. Na sua conta pessoal do Twitter, Bolsonaro afirmou ainda que “muitos contratos foram desfeitos e serão expostos”.
"Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela ministra [de Mulheres, Família e Direitos Humanos] Damares [Alves] e outros”, exemplificou.
Com poucos dias de governo, não só a caixa preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados. Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela Ministra Damares e outros.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 7 de janeiro de 2019
O exemplo levantado pelo presidente se refere à decisão da ministra Damares Alves de suspender um contrato de R$ 44,9 milhões da Fundação Nacional do Índio ( Funai ) que incluía a elaboração de mapeamento funcional, criação de banco de dados territoriais e implementação de criptomoeda para populações indígenas, segundo a imprensa.
No final desta manhã, tomarão posse no Banco Brasil, Rubem Novaes; no BNDES , Joaquim Levy; e na Caixa, Pedro Guimarães. Além disso, o presidente tem hoje despachos com o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), e o deputado federal Fábio Ramalho (MDB-MG).
A exposição de tais contratos fez parte da campanha presidencial de Bolsonaro. Ainda em novembro, após ter vencido as eleições, o então presidente eleito reafirmou em seu Twitter que tem o compromisso de abrir os sigilos do BNDES quando assumisse o governo, em janeiro. Bolsonaro disse ainda que quer "revelar" à população o destino de seu dinheiro nos últimos anos.
O Banco Nacional já foi alvo de investigações da Polícia Federal, que indiciou o ex-presidente da instituição, Luciano Coutinho, os ex-ministros Guido Mantega e Antônio Palocci, e o empresário da JBS Joesley Batista, suspeitos de envolvimento em operações ilícitas.
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“Firmo o compromisso de iniciar o meu mandato determinado a abrir a caixa-preta do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos. Acredito que esse é um anseio de todos”, escreveu, à época, Bolsonaro no Twitter.
* Com informações da Agência Brasil.