O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar, em sua conta no Twitter, o Partido dos Trabalhadores (PT) e seu oponente e ex-candidato à Presidência da República, Fernando Haddad. A publicação, feita na tarde deste sábado (5), fala em "derrota vergonhosa" de Haddad nas eleições presidenciáveis e aborda a corrupção.
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No post, Bolsonaro acusa Haddad de estar criando desculpas para justificar a derrota no segundo turno. "A verdade é que o marmita [em referência ao professor], como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições", escreveu.
O presidente ainda disse que os adeptos ao partido contrário estão criando "motivos possíveis para estarem sendo rejeitados pela maioria da população", quando na verdade o PT seria uma "quadrilha", que "quebrou o Brasil de tanto roubar, deixou a violência tomar proporções de guerra e ninguém aguenta mais isso".
Ele também chamou Haddad de "fantoche do presidiário corrupto", em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Confira a publicação na íntegra:
Eles procuram e criam todos os motivos possíveis para estarem sendo rejeitados pela maioria da população, só não citam o verdadeiro: o PT quebrou o Brasil de tanto roubar, deixou a violência tomar proporções de guerra, é uma verdadeira quadrilha e ninguém aguenta mais isso!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 5 de janeiro de 2019
As postagens do novo presidente tinham como objetivo rebater foram um texto publicado por Fernando Haddad em suas redes sociais na sexta-feira (4). O professor compartilhou o texto de um jornalista alemão que diz que "está na moda um anti-intelectualismo no Brasil".
"Os inquisidores não querem mais Immanuel Kant, querem Silas Malafaia. Não querem mais Paulo Freire, querem Alexandre Frota. Não querem mais Jean-Jacques Rousseau, querem Olavo de Carvalho. Não querem Chico Mendes, querem a "musa do veneno" (imagino que seja para ingerir ainda mais agrotóxicos)", diz o texto compartilhado.
De Philipp Lichterbeck da Deutsche Welle: “No Brasil, está na moda um anti-intelectualismo que lembra a Inquisição. Seus representantes preferem Silas Malafaia a Immanuel Kant. Os ataques miram o próprio esclarecimento”. https://t.co/aXDVX7jfru Brasil, um país do passado
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 4 de janeiro de 2019
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Em resposta a Jair Bolsonaro , Haddad disse que não foi ele, como colocado pelo presidente, que disse que há um anti-intelectualismo no País, e sim "um jornalista da Deutsche Welle [agência de notícias alemã]". O professor também contra-atacou o presidente: "se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível", disse.
Na verdade, quem disse isso foi um jornalista da Deutsche Welle ( https://t.co/Z554p1Zh1E ), mas se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível. Forte abraço!
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 5 de janeiro de 2019