Após o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, anunciar que vai apoiar a reeleição de Rodrigo Maia (DEM) para o comando da Câmara dos Deputados, a oposição reagiu e anunciou, na manhã desta quinta-feira (3), a candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) para a presidência da Casa.
Em sua conta no Twitter, Marcelo Freixo disse que vai trabalhar para fortalecer e ampliar os direitos sociais e que enfrentará a "agenda de Bolsonaro" e Maia, que "aprofundará ainda mais as desigualdades no País".
O Congresso Nacional precisa se comprometer com o fortalecimento e a ampliação dos direitos sociais, ameaçados pelo novo governo e seus aliados. O meu compromisso como candidato à presidência da Câmara é com uma agenda econômica e social que promova a cidadania.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) 3 de janeiro de 2019
Até ontem, Maia contava com o apoio dos partidos de esquerda, mas o apoio do partido de Bolsonaro à ele fez com que parte dos parlamentares mudasse de ideia e articulasse a candidatura de Freixo. Ao todo, o Psol, PT, PCdoB e PDT, que formam a oposição, elegeram 103 deputados.
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Em troca do apoio do PSL, o atual presidente da Câmara prometeu que dará a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a segunda vice-presidência da Câmara ao partido. "Maia se comprometeu a apoiar as pautas do governo Bolsonaro. O PSL vai ganhar o espaço que merece devido ao tamanho de sua bancada" disse Luciano Bivar, presidente da sigla.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também criticou a escolha do PSL nas redes sociais. "Não durou 24 horas o discurso de Bolsonaro de rompimento com a velha política. Hoje foi selado pelo PSL um acordão, envolvendo cargos, com os partidos políticos que ele tanto criticou, para apoiar reeleição de Rodrigo Maia para a Câmara dos Deputados", escreveu.
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Marcelo Freixo é professor, foi deputado estadual por 12 anos na Alerj e eleito deputado federal com 342.491 votos em 2018. A eleição para a presidência da Casa ocorre no dia 1º de fevereiro.