Ministro confirma 13º do Bolsa Família e diz que medida custará R$ 2,5 bilhões

Osmar Terra também disse que nenhum setor perderá espaço, mas será necessário, a partir de agora, trabalhar a organização interna da nova pasta

Osmar Terra, novo ministro da Cidadania, disse que nenhum setor da pasta perderá espaço
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Osmar Terra, novo ministro da Cidadania, disse que nenhum setor da pasta perderá espaço

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, disse nesta quarta-feira (2) que o pagamento do 13º aos beneficiários do programa Bolsa Família está garantido e será feito no fim deste ano. Segundo o ministro, o impacto no orçamento será de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, e será necessário um reforço orçamentário para a pasta.

 “Vai ter o 13º. O presidente [Jair Bolsonaro] prometeu, e nós vamos fazer cumprir”, afirmou Terra, na cerimônia em que recebeu o cargo do ex-ministro do Desenvolvimento Social Alberto Beltrame. “Vamos trabalhar a questão orçamentária, porque nos deram um orçamento perna curta nessa área”, afirmou o novo ministro da Cidadania .

Osmar Terra acrescentou que o programa passará por uma avaliação geral para que sejam beneficiadas somente as famílias necessitadas.

Em discurso, o novo ministro disse que o desafio da pasta, que tem as atribuições dos ministérios do Desenvolvimento Social, do Esporte e da Cultura, será aprimorar programas já existentes nessas áreas e integrar ações para assegurar a inclusão das populações carentes.

De acordo com Osmar Terra, nenhum setor perderá espaço, mas será necessário, a partir de agora, trabalhar a organização interna da nova pasta. Entre os programas que serão aprimorados, o ministro citou o Bolsa Família e o Bolsa Atleta, além da Lei Rounet.

Para Terra, o Bolsa Família precisa avançar e incluir ações produtivas, visando abrir campo de trabalho para os beneficiários do programa e gerar renda.

No caso do Bolsa Atleta, o ministro defendeu o desenvolvimento de ações voltadas para a formação de jovens atletas. “Foi cortado recurso, vamos  lutar para ter mais, mas, enquanto não vem o recurso, vamos distribuir melhor essas bolsas, privilegiando o esporte de base”, argumentou. No fim do mês passado, foi anunciado um corte de 47,5% no número de bolsas e a extinção das categorias atleta estudantil e atleta de base.

Outra proposta apresentada pelo ministro foi a democratização da Lei Rouanet, principal instrumento de financiamento do setor cultural no país, por meio de incentivos fiscais para os patrocinadores. A ideia do ministro é priorizar os novos movimentos e os jovens talentos culturais.

“A Lei Rouanet não pode ser muito concentrada. Hoje 80% dos benefícios vão para Rio e São Paulo. O Nordeste e a cultura popular também têm de ter patrocínio”, afirmou.

Conforme Terra, há uma grande expectativa da população em relação às mudanças estruturais que o governo Bolsonaro pretende fazer. “O Brasil está esperando muito da gente, e não podemos falhar”, disse o ministro, que prometeu se esforçar para cumprir o programa de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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Terra disse que a orientação do presidente a sua equipe ministerial foi para que todos trabalhem pelo país, e não para grupos políticos. “É um presidente preocupado em que as coisas aconteçam, não em beneficiar um partido político ou um grupo político”, afirmou o ministro da Cidadania . “[Ele] disse que seus ministros não precisam se preocupar em servir a interesses menores, mas em servir aos interesses do Brasil.”

* Com informações da Agência Brasil