Osmar Terra, indicado ao Ministério da Cidadania por Jair Bolsonaro
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Osmar Terra, indicado ao Ministério da Cidadania por Jair Bolsonaro

O futuro ministro da Cidadania, o médico e ex-deputado federal Osmar Terra (MDB), disse que estuda limitar a venda de bebidas alcoólicas em lugares mais violentos do Brasil. Em entrevista ao jornal O Globo , Terra afirmou que a ideia já está sendo discutida com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

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"A maior parte dos acidentes e mortes causadas por pessoas embriagadas acontece sempre depois da meia-noite. Acho que podemos colocar alguns limites para a venda de bebidas em lugares mais violentos. Não precisa ser em todo o País. Dá para mapear a violência. Há lugares que têm mais homicídios", afirmou Osmar Terra .

O futuro ministro usou a Islândia como exemplo. Segundo ele, o país é o que mais reduziu o consumo de drogas na Europa. "Eles têm circunstâncias diferentes. Não deixam expor bebidas alcoólicas em nenhum lugar, têm um toque de recolher. Depois das 22h, jovens com menos de 18 anos não podem andar sozinhos na rua", disse.

"Claro que é uma realidade bem diferente. Mas aqui, por exemplo, se reduzir o horário de venda de bebidas alcoólicas em restaurante, em bar, é uma coisa que se pode pensar." A proposta do ministro é juntar a proposta com o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro.

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Terra prôpos, nas palavras dele, tornar o esporte e a música o "barato" que a droga dá aos jovens. Ele afirma que o projeto está sendo discutido com o Bolsonaro, mas nenhuma decisão foi tomada a respeito. 

Ele também deu o exemplo da cidade de Diadema, em São Paulo, que possui uma lei que obriga bares a fecharem até as 23h, o que reduziu a taxa de homicídios. "Reduziu muito o número de homicídios. Era a cidade que mais tinha homicídios em São Paulo e hoje é das que têm menos. A bebida ajuda, né. Diadema colocou até meia-noite, uma da manhã o limite. Depois disso, não se pode vender", defendeu. 

O Ministério da Cidadania concentrará Desenvolvimento Social, Cultura e Esporte em um só. De acordo com o  futuro ministro, a pasta terá foco desde a primeira infância até a atividade cultural, atividade esportiva, combate à pobreza e transferência de renda.

Osmar Terra também falou sobre a Lei Rouanet. Para ele, a lei não pode acabar, mas defende que o governo faça um "pente-fino" . "Não vou cortar dinheiro de quem está fazendo o trabalho correto. O que vamos fazer são regras para popularizar mais. Não elitizar o dinheiro",  afirmou ao O Globo .

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