Protesto, bate-boca e empurra-empurra marcam sessão na Câmara de São Paulo

Confusão começou quando o vereador Fernando Holiday interrompeu a fala de Sâmia Bomfin; Eduardo Suplicy impediu que manifestante fosse retirada

Confusão começou durante fala de Sâmia BomfiN (Psol) na tribuna da Câmara Municipal de São Paulo
Foto: Reprodução
Confusão começou durante fala de Sâmia BomfiN (Psol) na tribuna da Câmara Municipal de São Paulo

Empurrões, troca de acusações, chutes e mal-estar marcaram a sessão desta sexta-feira (21) na Câmara Municipal de São Paulo. Vereadores do DEM, PSOL, Novo e PT se desentenderam durante a audiência pública da Comissão de Estudos de Reforma da Previdência Social e por pouco não terminaram aos tapas e socos. A confusão começou por causa de divergências sobre o projeto em discussão.

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Os parlamentares da Câmara Municipal de São Paulo discutiam o plano de Previdência dos servidores do município, o Sampaprev, enquanto professores e funcionários da área de saúde protestavam.

O bate-boca confusão começou quando o vereador Fernando Holiday (DEM), ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), tentou interromper a fala da colega Sâmia Bonfim (PSOL), alegando que ela estava extrapolando o tempo previsto.

Os ânimos já estavam exaltados devido a um desentendimento entre as vereadoras Sâmia Bonfim e Janaína Lima (Novo) que foram separadas pelo líder do PSDB na Câmara, Fabio Riva.

Também do PSOL, o vereador Toninho Vespoli entrou na discussão. Holiday e Vespoli tiveram de ser apartados. O barulho era intenso e o vereador Eduardo Suplicy (PT) pediu silêncio.

Guardas municipais foram chamados para a retirada de manifestantes que acompanhavam a sessão no plenário. Suplicy pediu calma e impediu que um guarda retirasse uma manifestante. Após a confusão , a sessão foi interrompida. 

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A base aliada do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), quer tentar votar ainda hoje o projeto que aumenta o desconto em folha do servidor público de 11% para 14% e cria um plano de previdência complementar. A oposição atua para obstruir a votação.

Em março, professores que protestaram contra o projeto acabaram feridos pela polícia. O projeto ficou adormecido nos últimos meses e a foi retomada em novembro.

Após a confusão, Sâmia e Holiday usaram as redes sociais para comentar o ocorrido. “O partido "Novo" e o MBL se dizem a renovação da política, mas são soldadinhos do PSDB na Câmara de São Paulo para aprovar o confisco do salário dos servidores. Nós, do PSOL, vamos pra cima deles. É pra isso que estamos lá”, escreveu a psolista.

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Já o coordenador nacional do MBL afirmou que a “esquerda não suporta regras, tampouco democracia e opinião contraria” e acusou o também vereador Antonio Donato (PT) de tê-lo agredido pelas costas. Em outra postagem, Holiday afirmou que irá entrar com um pedido de cassação de Donato na Câmara Municipal de São Paulo .