O presidente eleito, Jair Bolsonaro, negou nesta terça-feira (18), em sua conta do Twitter, que sua esposa, Michelle Bolsonaro, retiraria imagens sacras do Palácio da Alvorada, a futura residência dos dois em Brasília.
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Jair Bolsonaro é católico, enquanto Michelle é evangélica. Em seu Twitter, o presidente eleito disse que a "acusação" não é verdade e que "criam narrativas" para desgastá-lo a todo o custo. A informação de que a futura primeira-dama tiraria imagens católicas da residência oficial foi obtida pelo jornal Folha de S.Paulo , que conversou com funcionários do local.
Fui surpreendido com a notícia que minha esposa retiraria imagens católicas da futura residência oficial devido sua religião. Ela evangélica e eu católico, ambos temos objetos que lembram nossa fé em nossa casa! Não por acaso, criam narrativas para nos desgastar a todo custo!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de dezembro de 2018
Segundo os relatos de três funcionários, Michelle teria pedido a transferência das obras para o Palácio do Jaburu. Hoje, a residência oficial tem cinco peças de simbologia católica, um par de anjos barrocos tocheiros, na biblioteca, e quatro estátuas de santos nas salas de música e de estado.
Uma delas é uma representação em madeira de Santa Bárbara. Segundo a Folha , o vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, teria confirmado que a obra seria transferida. “Uma imagem de Santa Bárbara irá para o Palácio do Jaburu. Ela é, inclusive, padroeira da artilharia”, disse.
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As denominações evangélicas não costumam adorar imagens de santos porque seguem o mandamento bíblico de não fazer “imagem de escultura” do que “há em cima nos céus”. O presidente Michel Temer também fez modificações na decoração da residência oficial. No caso dele, quando assumiu, pediu a troca dos sofás por cores mais claras.
Após a repercussão da reportagem sobre a mudança das obras com motivos sacros, o Palácio do Planalto informou, por meio de nota, que “não há pedido sobre a transferência de local”.
Hoje, a 15 dias da cerimônia de posse de Jair Bolsonaro , agendada para o dia 1º de janeiro de 2019, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o Palácio do Planalto divulgou a sua estimativa de público. Segundo o governo, são esperadas entre 250 mil e 500 mil pessoas no evento.