O futuro ministro da Justiça e Secretaria Pública, Sérgio Moro , anunciou nesta terça-feira (4) mais dois nomes para comporem sua equipe a partir de 2019. O número dois da pasta será o delegado Luiz Pontel, destacado por Moro como um dos responsáveis pela primeira prisão do doleiro Alberto Youssef e que passará a exercer o cargo de secretário-executivo.
"Ele é uma pessoa que participou da investigação do caso Banestado e foi um dos principais responsáveis pela primeira prisão do Alberto Yousseff. Naquela época, já foi possível constatar a absoluta integridade do delegado", destacou Sérgio Moro ao fazer o anúncio.
Também integrará a equipe do novo ministro o general da reserva do Exército Guilherme Teophilo, que passará ao comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Teophilo foi candidato ao governo do Ceará nas eleições deste ano pelo PSDB, mas Moro fez questão de ressaltar que ele já se desfiliou do partido. "Não existe aí nenhuma relação político-partidária", garantiu o futuro ministro.
Moro explicou que seu convite ao general da reserva para assumir a Senasp teve influência do trabalho desempenhado pelo general Braga Netto, responsável pela intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro.
"Mais do que um homem de ação, eu queria um homem de gestão. E fiquei bastante impressionado com o trabalho que vem sendo feito no Rio de Janeiro pelo general Braga Netto e queria um trabalho similar. A tarefa do novo secretário vai ser a de ajudar a reestruturar e tentar padronizar procedimentos envolvendo a segurança pública", afirmou.
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Questionado sobre a abertura de procedimento no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar suposto caixa dois em campanha do coordenador do governo de transição e futuro ministro, Onyx Lorenzoni , Moro voltou a defender o colega, destacando seu "comprometimento pessoal com a causa anticorrupção". "Ele tem a minha confiança pessoal", disse o ex-juiz da Lava Jato.
Sérgio Moro também foi indagado sobre o julgamento de novo recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no STF, mas não quis se manifestar a respeito. "Isso faz parte do meu passado", finalizou.