O deputado Alberto Fraga (DEM) garantiu nesta quinta-feira (1ª) que não será ministro no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A informação de que Fraga assumiria o ministério ganhou força nessa quarta-feira (31), mas hoje, em entrevista à Rádio Eldorado , o deputado desmentiu.
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Em um vídeo com aliados divulgado no dia 23 de outubro, Bolsonaro anunciou que Alberto Fraga coordenaria a bancada governista, fato que levou aos comentários de que Fraga seria incorporado à equipe ministerial. Após a repercussão, Bolsonaro escreveu em suas redes sociais que os ministérios não teriam condenados por corrupção. "Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes. Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade", escreveu Bolsonaro.
"Em momento algum discuti isso com Bolsonaro. Tinha dito que não poderia estar falando de ocupar ministério quando tenho essa condenação. De forma inadequada esse assunto pegou outro vulto. Foi o dia todo ontem e os 45 milhões que não votaram em Bolsonaro usam isso como argumento para me atacar e bater nele", disse o deputado .
Fraga foi condenado a 4 anos e 2 meses de prisão e cumpre regime inicial semi-aberto pelo crime de concussão, ou seja, quando alguém usa o cargo para obter vantagens indevidas. Em 2008, o deputado, na época secretário de Transportes do Distrito Federal, recebeu 350 mil reais para assinar contratos entre o governo e uma cooperativa de transportes.
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"A condenação foi armada. O processo estava parado há 10 anos e, de repente, em dois dias o juiz me dá uma sentença", negou. O deputado disse ainda que ter condenação em primeira instância não significa ter ficha suja.
Quando questionado sobre o Estatuto do Desarmamento, Alberto Fraga , líder da bancada da bala na Câmara, afirmou que existe a possibilidade de flexibilização ainda este ano. "Eu acho que sim. É um assunto que já vem constantemente sendo lembrado e discutido. É maioria simples. Agora, não vamos contar com o voto da esquerda, mas sabemos que temos maioria para aprovar essa flexibilização do Estatuto" disse.
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