Quatro pessoas foram presas na tarde desta quinta-feira (25) por colarem cartazes em protesto contra o candidato ao Governo de São Paulo João Doria (PSDB). Segundo informou a assessoria do tucano, os materiais fazem alusão ao suposto vídeo íntimo de João Doria que viralizou nesta semana – e que já foram desmentidos por laudos periciais .
Em nota, a assessoria do candidato relata que foram colados cartazes relacionados ao suposto vídeo íntimo de João Doria em "diversos locais públicos na cidade de São Paulo".
Ainda segundo a equipe do ex-prefeito, os materiais apresentam "montagem grotesca" com a imagem de Doria praticamente nu (trajando apenas meias) e cobrindo suas partes íntimas com uma de suas mãos. Os cartazes trazem ainda, na parte que corresponderia à cabeça do candidato, o dizer “#DORIANÃO”.
Os manifestantes presos colando os cartazes em protesto ao tucano foram flagrados na Avenida Vinte e Três de Maio, zona sul da capital paulista, na altura do Viaduto Tutóia. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi apresentado na 2ª Delegacia do Meio Ambiente do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania).
"Quatro pessoas foram detidas quando iam colar cartazes com a imagem de um candidato ao governo de São Paulo. Será instaurado inquérito policial para apurar crime ambiental e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) será comunicado", informou a pasta.
O advogado da campanha do PSDB em São Paulo, criminalista Fernando José da Costa, disse que irá pedir apuração do crime de difamação e de 'crime ambiental de conspurcar edificação pública'.
Uma das pessoas detidas nesta quinta-feira, ainda segundo informações transmitidas pela equipe de Doria, é também um dos suspeitos pela pichação ao Pateo do Collegio, ocorrida em abril deste ano.
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Suposto vídeo de João Doria foi desmentido por laudo pericial
Em nota, a equipe de Doria reclama do que chamou de "conteúdos aviltantes propagados por seus adversários".
"É inegável que o teor ofensivo disposto nos cartazes faz expressa alusão aos vídeos apócrifos amplamente divulgados. [...] Apesar da comprovação da absoluta falsidade dos vídeos e também do acionamento da Justiça Eleitoral para apuração dos crimes relacionados às mídias divulgadas, os opositores de João Doria permanecem se valendo de práticas espúrias na campanha, propagando inverdades que denigrem de maneira patente sua honra", diz o texto.
Ainda nesta semana, a campanha do ex-prefeito recorreu à Justiça Eleitoral para pedir a investigação do suposto vídeo de João Doria , apresentando perícia que aponta a existência de "montagens claras" na gravação que viralizou.